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09/02/2001 - 03h51

Bové depõe em tribunal da França

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CLAUDIA ASSEF, da Folha de S.Paulo

Um ato de combate em nome do futuro. Foi assim que o líder da Confederação Camponesa, o francês José Bové, justificou ontem na Justiça a destruição de 3.000 plantas de arroz transgênico, em junho de 1999.

Bové e outros dois agricultores, igualmente acusados de terem destruído as plantas transgênicas, compareceram ao Tribunal de Montepellier (sul da França), apoiados por uma multidão de 5.000 manifestantes.

Além do apoio de militantes, Bové e seus colegas contaram com o testemunho do secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hoffmann.

"A participação do secretário foi fundamental", disse à Folha o porta-voz da confederação, René Louaia. O secretário havia aceitado testemunhar a favor de Bové durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no final de janeiro, do qual Bové foi o centro das atenções. O ativista e alguns integrantes do MST destruíram uma lavoura de pesquisa da multinacional Monsanto, no município gaúcho de Não-Me-Toque.

Segundo o porta-voz da confederação, Hoffmann apoiou a atitude de Bové e ainda elogiou sua participação no fórum.

"Qualquer que seja a decisão da juíza, podemos dizer que a confederação sairá com saldo positivo", diz Louaia. "Nossa missão é fazer com que as pessoas abram os olhos para o que poderá acontecer no futuro caso os transgênicos proliferem", declarou.

Bové e os outros dois militantes estão sendo julgados pela destruição de plantas que estavam em fase de teste no Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa Agronômica, o Cirad, um órgão ligado ao governo.

O Cirad apresentou seis testemunhas, e a Confederação Camponesa, 13. Bové e os outros dois acusados voltarão ao tribunal amanhã.
O ativista pode ser condenado a cinco anos de prisão, por ser reincidente -ele já havia sido julgado pela destruição de uma plantação de milho transgênico, em 98.
 

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