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09/02/2001 - 03h52

Comissão sugere retirar plantas que sobraram na Monsanto

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da Folha de S.Paulo

Um relatório da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) sobre a destruição da lavoura de soja transgênica experimental da fazenda da Monsanto por um grupo de integrantes do MST, no mês passado, recomendou à Monsanto que destrua as poucas plantas que restaram após o protesto dos trabalhadores sem terra e aguarde mais um período para recomeçar a plantação.

Ao todo, foram destruídos pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) três hectares de soja transgênica que estava sendo testada pela empresa para resistir a herbicidas.

De acordo com Paulo Borges, representante do Ministério da Agricultura na CTNBio e uma das pessoas que visitaram a Monsanto, o maior prejuízo
com a destruição da lavoura experimental foi para a pesquisa.
"A empresa terá que esperar pelo menos um ano para poder começar novamente o experimento", disse. Isso porque o próximo período de plantio da soja é no final deste ano.

O relatório da CTNBio afirma que não houve danos ambientais em razão da ação. De acordo com o documento, o maior problema causado pela destruição da lavoura, da qual participou o ativista francês José Bové, foi a interrupção da pesquisa.

O relatório, apresentado e aprovado ontem durante a 45ª reunião da comissão, foi feito depois de uma visita realizada na última segunda-feira à estação experimental da empresa na cidade de Não-Me-Toque (RS).

A CTNBio é responsável pela fiscalização de experimentos com produtos transgênicos. No caso da Monsanto, a empresa tem autorização para fazer esse tipo de experimento.

Quando são registrados casos que não estão previstos -como destruição ou enchente-, a CTNBio é responsável por vistoriar o local e fazer um relatório sobre o caso para apurar se não houve dano ambiental.

"A lavoura ainda não estava na fase em que há grãos de soja
desenvolvidos, por isso o risco foi menor", disse Leila Macedo Oda, presidente da CTNBio.

Se houvesse grãos, explicou Leila, eles poderiam ser levados para fora da estação experimental e, por ser um vegetal ainda em estudo, não poderiam ser usados em lavouras comuns.

O ataque aos transgênicos entrou na pauta dos sem-terra no final do ano passado, com ações em Pernambuco, mas se intensificou durante a realização do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.
 

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