Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/02/2001 - 00h07

Fogaça diz a Jader que não será candidato

Publicidade

RAYMUNDO COSTA
da Folha de S.Paulo

Apontado como uma das opções de terceira via do PFL na sucessão do Senado, o senador José Fogaça (PMDB-RS) declinou do convite em público e em particular. No sábado, Fogaça recebeu a visita do candidato peemedebista, Jader Barbalho (PA), a quem reafirmou que não vai fechar com os pefelistas.

O pretexto da visita foram as declarações do senador gaúcho de que a definição das candidaturas era uma questão partidária e que já fora acertada pelo PMDB.

Jader disse a ele que queria cumprimentá-lo pelo gesto de "elevada ética". Fogaça sempre foi uma das opções consideradas no PFL para dividir o PMDB. Mas a notícia de que o gaúcho se lançaria em plenário ganhou força na quinta-feira passada, após um encontro que ele teve com o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Terminada a conversa, ACM comentou com senadores que Fogaça havia "aceitado" ser a terceira via.

No dia seguinte, em São Paulo, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), repetiu a informação a interlocutores diversos.

Embora não participe do núcleo de poder do PMDB, Fogaça preferiu se alinhar com a maioria do partido, que decidiu lançar Jader.
Ao PFL restou a opção, entre os partidos aliados - PSDB, PMDB, PTB ou PPB -, de Arlindo Porto (PTB-MG), que, para aceitar, quer garantia de vitória, o que a legenda não tem condições de avalizar. O PMDB considera a hipótese Arlindo Porto como a melhor para Jader, apostando que não teria todos os votos do PFL.

Sem conseguir um terceiro nome entre os aliados, restará ao PFL apresentar uma solução caseira, provavelmente Bornhausen, numa tentativa de manter "a tropa unida" após as eleições.

A Folha apurou que o temor de Bornhausen é não conseguir os 21 votos do PFL e ter que assumir o desgaste. Seria a prova de que o partido não está unido -nem mesmo em torno de seu presidente. Por isso ainda não teria apresentado seu nome oficialmente.

Ontem, Bornhausen demonstrava tranquilidade. "Não estou afobado. A terceira via está se consolidando no tempo exato, para funcionar na hora certa."

Ele aposta que a eleição "caminha para a terceira via". "Sempre disse que o jogo começava no dia 29 e terminava nas últimas 24 horas antes da eleição. Temos tempo", afirmou o presidente do PFL.

Até mesmo na oposição, que tem 16 votos, não existe garantia sobre uma votação em bloco. Ao menos quatro senadores poderiam optar pela terceira via pefelista - ou até mesmo por Jader - , ignorando o candidato da bancada, Jefferson Péres (PDT-AM).


Colaboraram ANDRÉA MICHAEL e ELIANE CANTANHÊDE, da Sucursal de Brasília

  • Leia mais sobre o Congresso Nacional
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página