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14/02/2001
-
03h53
da Folha de S.Paulo
O PFL disputa hoje a presidência da Câmara admitindo reservadamente a derrota do candidato Inocêncio Oliveira (PFL-PE) para o tucano Aécio Neves (MG). O partido na Câmara nem sequer insistiu na tentativa de suspender a eleição, marcada para as 15h.
Os pefelistas evitaram a votação nominal do pedido de suspensão- que foi negado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP)-, temendo antecipar na sessão de ontem um placar desfavorável a Inocêncio.
Apesar de o declínio de Inocêncio ter começado há mais tempo, a bancada na Câmara atribuiu a possível derrota de seu líder à decisão dos senadores do partido de lançar candidato e não apoiar o senador Jefferson Péres (PDT-AM) no Senado.
O apoio do PFL a Péres significaria a adesão da oposição à candidatura de Inocêncio, aumentando as chances do pefelista. Os partidos de oposição (PT, PDT, PC do B e PV) lançaram Aloizio Mercadante (PT-SP).
Parlamentares avaliam também que Inocêncio reduziu suas chances quando fez um discurso contundente de oposição a Fernando Henrique Cardoso. O discurso soou falso na boca do líder pefelista, que durante seis anos defendeu o Palácio do Planalto.
O líder pefelista sofreu ontem outro revés. A cúpula peemedebista conseguiu diminuir as resistências à candidatura de Aécio Neves na bancada. "O governador Itamar Franco (MG), querendo voltar para o partido, se empenhou em unir a bancada", afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
O PFL ainda tenta nas horas que antecedem a eleição o apoio de parte do PPB e do PMDB para levar o pleito para o segundo turno. Ontem à noite, Inocêncio se reuniria com pepebistas para tentar aumentar a divisão na bancada do partido, que oficialmente apóia Aécio. O presidente do PPB, Paulo Maluf, que era esperado para tentar cabalar votos pró-Inocêncio, cancelou a ida a Brasília.
Deputados do PPB se insurgiram contra a decisão do partido de retirar a candidatura de Severino Cavalcanti (PPB-PE) em favor de Aécio. Os dissidentes acham que têm 50% da bancada de 48 deputados a favor do pefelista.
"Ninguém joga a toalha antes de terminar o jogo. Já ganhei eleição antes que diziam que eu iria perder", disse Inocêncio.
Ele considera que a avaliação pessimista dos pefelistas se deve a um clima emocional. "O pessoal está indo pelo emocional e eu não vou partir para isso."
A decisão dos senadores pefelistas deixou o PMDB tão seguro da vitória que na sessão de ontem da Câmara o líder do partido, Geddel Vieira Lima (BA), tripudiou em cima do recuo pefelista no pedido de suspensão da eleição.
"Perdemos uma excepcional oportunidade de projetar o que vai acontecer em um futuro muito próximo", afirmou Geddel, referindo-se à eleição de hoje.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também ajudou a constranger os pefelistas. Ele colocou o pedido de suspensão, apresentado pelo deputado Roberto Brant (PFL-MG), sem que o PFL tivesse solicitado.
O partido foi obrigado a assumir publicamente o recuo, pedindo para que
não fosse votada a proposta.
"Não precisamos do adiamento para eleger Inocêncio", argumentou Brant.
Eleição na Câmara: Nos bastidores, PFL já admite a derrota
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O PFL disputa hoje a presidência da Câmara admitindo reservadamente a derrota do candidato Inocêncio Oliveira (PFL-PE) para o tucano Aécio Neves (MG). O partido na Câmara nem sequer insistiu na tentativa de suspender a eleição, marcada para as 15h.
Os pefelistas evitaram a votação nominal do pedido de suspensão- que foi negado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP)-, temendo antecipar na sessão de ontem um placar desfavorável a Inocêncio.
Apesar de o declínio de Inocêncio ter começado há mais tempo, a bancada na Câmara atribuiu a possível derrota de seu líder à decisão dos senadores do partido de lançar candidato e não apoiar o senador Jefferson Péres (PDT-AM) no Senado.
O apoio do PFL a Péres significaria a adesão da oposição à candidatura de Inocêncio, aumentando as chances do pefelista. Os partidos de oposição (PT, PDT, PC do B e PV) lançaram Aloizio Mercadante (PT-SP).
Parlamentares avaliam também que Inocêncio reduziu suas chances quando fez um discurso contundente de oposição a Fernando Henrique Cardoso. O discurso soou falso na boca do líder pefelista, que durante seis anos defendeu o Palácio do Planalto.
O líder pefelista sofreu ontem outro revés. A cúpula peemedebista conseguiu diminuir as resistências à candidatura de Aécio Neves na bancada. "O governador Itamar Franco (MG), querendo voltar para o partido, se empenhou em unir a bancada", afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
O PFL ainda tenta nas horas que antecedem a eleição o apoio de parte do PPB e do PMDB para levar o pleito para o segundo turno. Ontem à noite, Inocêncio se reuniria com pepebistas para tentar aumentar a divisão na bancada do partido, que oficialmente apóia Aécio. O presidente do PPB, Paulo Maluf, que era esperado para tentar cabalar votos pró-Inocêncio, cancelou a ida a Brasília.
Deputados do PPB se insurgiram contra a decisão do partido de retirar a candidatura de Severino Cavalcanti (PPB-PE) em favor de Aécio. Os dissidentes acham que têm 50% da bancada de 48 deputados a favor do pefelista.
"Ninguém joga a toalha antes de terminar o jogo. Já ganhei eleição antes que diziam que eu iria perder", disse Inocêncio.
Ele considera que a avaliação pessimista dos pefelistas se deve a um clima emocional. "O pessoal está indo pelo emocional e eu não vou partir para isso."
A decisão dos senadores pefelistas deixou o PMDB tão seguro da vitória que na sessão de ontem da Câmara o líder do partido, Geddel Vieira Lima (BA), tripudiou em cima do recuo pefelista no pedido de suspensão da eleição.
"Perdemos uma excepcional oportunidade de projetar o que vai acontecer em um futuro muito próximo", afirmou Geddel, referindo-se à eleição de hoje.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também ajudou a constranger os pefelistas. Ele colocou o pedido de suspensão, apresentado pelo deputado Roberto Brant (PFL-MG), sem que o PFL tivesse solicitado.
O partido foi obrigado a assumir publicamente o recuo, pedindo para que
não fosse votada a proposta.
"Não precisamos do adiamento para eleger Inocêncio", argumentou Brant.
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