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16/02/2001
-
17h35
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Dois dias depois de deixar a presidência do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) voltou a criticar o presidente Fernando Henrique Cardoso, embora reconheça que não foi "traído" por FHC nas eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
"Não fui traído, pois não combinei nada com ele (FHC). Agora, o presidente Fernando Henrique Cardoso incentivou a candidatura de José Sarney (à presidência do Senado), mas, depois, retirou o seu apoio", disse Antonio Carlos Magalhães.
Apesar de dizer que não foi traído por FHC, Antonio Carlos Magalhães continuou fazendo críticas ao presidente.
"Ele (FHC) foi contra a CPI do Judiciário, mas nós conseguimos fazer um excelente trabalho, colocamos o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto na cadeira e indiciamos outros tantos que merecem o mesmo destino. Ele (FHC) foi contra o valor do novo mínimo (de R$ 151 para R$ 180), mas acabou aceitando a nossa proposta", disse.
Logo após participar da posse do novo secretário da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Eraldo Rocha, Antonio Carlos Magalhães disse que a "corrupção campeia no Brasil" e que vai atuar de "forma independente".
Mais tranquilo depois da agitação vivida em Brasília, Antonio Carlos Magalhães disse que, se pudesse, não promoveria uma reforma ministerial agora.
"É um problema dele (a reforma). Eu não tiraria ninguém, mas o presidente Fernando Henrique Cardoso é que deve saber quem ele mantém e quem ele tira, quem ajuda e quem macula o seu governo."
Segundo o senador baiano, "é muito cedo" para saber se as mudanças ocorridas no Congresso com as eleições de Jader Barbalho (PMDB-PA) e Aécio Neves (PSDB-MG) terão alguma influência na sucessão presidencial do ano que vem.
"Os fatos ocorridos em Brasília não interessam nada a 2002. Na política, os fatos mudam a todo instante."
ACM também voltou a defender a candidatura do governador Tasso Jereissati (PSDB-CE) à Presidência da República.
"Eu quero que o meu partido tenha um candidato. Caso contrário, acho que devemos fazer uma aliança com um político capaz, que possa fazer a redenção do Brasil em vários setores, como é o caso do governador Jereissati."
Segundo Antonio Carlos Magalhães, o futuro da aliança PFL/PMDB/PSDB depende "exclusivamente" do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"A manutenção da aliança passa por modificações que o presidente pode fazer ou não. No entanto, não é possível privilegiar parlamentares que são amorais e vendem voto em um momento tão difícil da vida pública brasileira", ressaltou o senador.
Na opinião de Antonio Carlos Magalhães, a Bahia não será retaliada pelas forças políticas que dão sustentação ao presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ninguém tem coragem de fazê-lo", disse.
Antonio Carlos Magalhães voltou a dizer que o seu mandato não acabou na última quarta-feira, quando deixou a presidência do Senado. "Continuo o mesmo, com a mesma coerência."
Segundo Antonio Carlos Magalhães, as suas relações com o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) são excelentes, "ao contrário do que diz a imprensa".
"O PFL tem um presidente capaz, que vai traçar as linhas do diretório no próximo dia 8 de março", disse ACM, referindo-se ao rumo que o seu partido deve tomar depois das derrotas sofridas no Senado e na Câmara.
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ACM diz que FHC apoiou Sarney e depois recuou
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da Agência Folha, em Salvador
Dois dias depois de deixar a presidência do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) voltou a criticar o presidente Fernando Henrique Cardoso, embora reconheça que não foi "traído" por FHC nas eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
"Não fui traído, pois não combinei nada com ele (FHC). Agora, o presidente Fernando Henrique Cardoso incentivou a candidatura de José Sarney (à presidência do Senado), mas, depois, retirou o seu apoio", disse Antonio Carlos Magalhães.
Apesar de dizer que não foi traído por FHC, Antonio Carlos Magalhães continuou fazendo críticas ao presidente.
"Ele (FHC) foi contra a CPI do Judiciário, mas nós conseguimos fazer um excelente trabalho, colocamos o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto na cadeira e indiciamos outros tantos que merecem o mesmo destino. Ele (FHC) foi contra o valor do novo mínimo (de R$ 151 para R$ 180), mas acabou aceitando a nossa proposta", disse.
Logo após participar da posse do novo secretário da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Eraldo Rocha, Antonio Carlos Magalhães disse que a "corrupção campeia no Brasil" e que vai atuar de "forma independente".
Mais tranquilo depois da agitação vivida em Brasília, Antonio Carlos Magalhães disse que, se pudesse, não promoveria uma reforma ministerial agora.
"É um problema dele (a reforma). Eu não tiraria ninguém, mas o presidente Fernando Henrique Cardoso é que deve saber quem ele mantém e quem ele tira, quem ajuda e quem macula o seu governo."
Segundo o senador baiano, "é muito cedo" para saber se as mudanças ocorridas no Congresso com as eleições de Jader Barbalho (PMDB-PA) e Aécio Neves (PSDB-MG) terão alguma influência na sucessão presidencial do ano que vem.
"Os fatos ocorridos em Brasília não interessam nada a 2002. Na política, os fatos mudam a todo instante."
ACM também voltou a defender a candidatura do governador Tasso Jereissati (PSDB-CE) à Presidência da República.
"Eu quero que o meu partido tenha um candidato. Caso contrário, acho que devemos fazer uma aliança com um político capaz, que possa fazer a redenção do Brasil em vários setores, como é o caso do governador Jereissati."
Segundo Antonio Carlos Magalhães, o futuro da aliança PFL/PMDB/PSDB depende "exclusivamente" do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"A manutenção da aliança passa por modificações que o presidente pode fazer ou não. No entanto, não é possível privilegiar parlamentares que são amorais e vendem voto em um momento tão difícil da vida pública brasileira", ressaltou o senador.
Na opinião de Antonio Carlos Magalhães, a Bahia não será retaliada pelas forças políticas que dão sustentação ao presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ninguém tem coragem de fazê-lo", disse.
Antonio Carlos Magalhães voltou a dizer que o seu mandato não acabou na última quarta-feira, quando deixou a presidência do Senado. "Continuo o mesmo, com a mesma coerência."
Segundo Antonio Carlos Magalhães, as suas relações com o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) são excelentes, "ao contrário do que diz a imprensa".
"O PFL tem um presidente capaz, que vai traçar as linhas do diretório no próximo dia 8 de março", disse ACM, referindo-se ao rumo que o seu partido deve tomar depois das derrotas sofridas no Senado e na Câmara.
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