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23/02/2001 - 03h35

EJ nega que fim de sigilo possa prejudicá-lo

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GUILHERME BARROS, editor do Painel S/A

O ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira afirmou ontem a pessoas próximas que não há nada nos seus dados bancários de 1994 e 1998 que possa vir a comprometê-lo ou ao presidente da República.

De acordo com informações de pessoas que estiveram com EJ, ele se surpreendeu com as afirmações do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) a respeito dele durante conversa com procuradores da República.

Nas conversas com os procuradores, ACM afirmou que os dados que eles receberam de EJ estariam incompletos.

"O que pega Eduardo Jorge são os sigilos bancários de 94 e 98. Se pegar Eduardo Jorge, chega ao presidente."

Segundo EJ, tanto quem fez a acusação (o senador Antonio Carlos Magalhães), como quem gravou (o procurador Luiz Francisco de Souza), serão desmoralizados pelos fatos.

De acordo com o ex-secretário da Presidência, o acusador será desmoralizado porque não há nada nas suas contas bancárias que o incrimine. Já quem gravou-o Ministério Público- torna-se uma instituição desmoralizada.

A tese de EJ é que as pessoas passariam a temer fazer acusações no Ministério Público a partir de agora.

EJ estranhou a afirmação de ACM porque, bem antes da conversa com os procuradores, um assessor do próprio ACM lhe transmitira um recado de que não haveria qualquer acusação sobre ele. Essa informação foi confirmada por Fernando César Mesquita, assessor de ACM.

O próprio Mesquita informou que, há cerca de um ou dois meses, falou para Maria Deli, irmã de EJ, que ACM não faria qualquer acusação contra o ex-assessor de Fernando Henrique Cardoso.

Durante a CPI que apurou as ligações de EJ com a obra superfaturada do
fórum trabalhista de São Paulo, o ex-secretário-geral enviou aos procuradores seus extratos bancários referentes ao período que esteve no governo, de janeiro de 1995 a maio de 1998.

Os dados referentes a 94 e 98 não são conhecidos.
EJ, de acordo com pessoas ligadas a ele, não teme a quebra de sigilo bancário de suas contas referentes aos anos de 94 e 98. Ele garante que não há nada.

Nos extratos bancários, de acordo com o que ele disse a pessoas próximas, não há nenhum depósito de quantias vultosas.

Os dados que EJ possui são os extratos bancários, o que não significa a quebra de sigilo. Numa quebra de sigilo, é possível conhecer o destino dos recursos, coisa que não se verifica nos extratos. De qualquer forma, nos extratos é possível saber os valores movimentados nas contas bancárias.
 

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