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06/03/2001 - 03h48

Senado começa a investigar ACM

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da Folha de S.Paulo

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar deve começar hoje a investigação sobre a se o ex-presidente do Senado Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) participou de uma suposta violação do sigilo do sistema de votações da Casa.

O presidente do conselho, Ramez Tebet (PMDB-MS), deve designar hoje o relator. Ele havia considerado "genérica" a denúncia apresentada na quinta-feira passada, que pedia a investigação com base em supostas declarações de ACM aos procuradores Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly, publicadas na revista "Istoé".

Ontem, o líder do bloco da oposição no Senado, José Eduardo Dutra (PT-SE), acrescentou reportagens da Folha de sábado, que revela que houve violação do sistema, e da "IstoÉ" desta semana, com mais trechos da conversa.

Tebet disse que o conselho vai investigar apenas se houve fraude no painel e se houve participação de senadores. "O Conselho de Ética só pode examinar o comportamento do parlamentar", disse.

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), disse que irá cobrar ao Prodasen os nomes dos funcionários que tinham acesso ao software do painel.

ACM concordou com a perícia sobre a possível violação, mas fez uma ressalva: "Não é o presidente do Senado que pode ser acusado de obter a lista", disse, sobre a suposta lista com os votos da cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF).

Os peritos da Unicamp que examinam o sistema de votações concluíram que têm capacidade técnica para a perícia no painel. Eles voltam a Brasília na quarta-feira para gravar uma cópia do disco rígido com informações sobre todas as votações realizadas.

Eles vão verificar se o painel é vulnerável, se houve violação e quem seriam os responsáveis.

Segundo a empresa que elaborou o sistema, a Eliseu Kopp, e a responsável pela manutenção do equipamento, a Panavídeo Eletrônica, o acesso a qualquer sistema informatizado é possível com acesso ao código-fonte, que contém as instruções do programa.

O Prodasen, a Kopp e a Panavídeo possuem o código. Ele será entregue aos especialistas da Unicamp. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em 15 dias.

Críticas ao PT
O líder do PPS no Senado, Roberto Freire (PE), criticou ontem o comportamento do PT quanto ao suposto envolvimento de ACM com a eventual quebra do sigilo.

"José Dirceu disse que não queria fazer isso (o pedido de investigação) com o senhor ACM, dizendo que isso é fazer o jogo do governo. Não é, isso é fazer jogo da defesa da democracia. Ele está enganado", afirmou Freire.

Dirceu não quis comentar.
 

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