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08/03/2001
-
04h23
MÁRCIO AITH, da Folha de S.Paulo
O presidente do BC (Banco Central), Armínio Fraga, admitiu ontem pela primeira vez a possibilidade de reenviar ao Ministério Público do Pará os relatórios "desaparecidos" que apontaram operações suspeitas do presidente do Congresso Nacional, Jader Barbalho, quando ele governava aquele Estado.
"Se for o caso, sem dúvida", disse, ao responder se a remessa dos relatórios seria a única forma de garantir que as investigações caminhassem e impedir que o BC estimulasse a impunidade.
"Estamos recebendo correspondência do Ministério Público do Pará e do Senador. Isso vai ser tratado com sobriedade. O problema é que cada pergunta sobre o assunto requer um nível de detalhamento que não posso expor."
Em 1991, o BC enviou ao Ministério Público paraense documentos apontando desvios, em 1984, de cheques administrativos do Banpará para contas de
várias pessoas físicas numa agência carioca do Banco Itaú.
Um rastreamento teria comprovado que o dinheiro foi parar depois em contas do senador, de seus familiares e amigos. O Ministério Público do Pará informou não ter tomado providências criminais por ter perdido esses relatórios.
A instituição no Pará requereu uma nova remessa dos relatórios, mas, até a semana passada, o BC negava-se a atender o pedido sob vários argumentos -entre eles o de que novas garantias de sigilo bancário foram instituídas depois da primeira remessa e que, agora, o envio só pode ser feito com autorização do próprio Barbalho.
Fraga tentou indicar que o problema não está sendo tratado diretamente por ele, mas por outros funcionários do BC, órgão do qual é chefe máximo. "O BC está lidando com essa questão no Brasil. Aqui (nos EUA) estou tratando de outros assuntos."
Fraga disse ainda não acreditar que as turbulências políticas no Brasil irão "parar o Brasil ou mesmo o Congresso". Segundo ele, "existe alguma tensão mas acredito que ela será resolvida".
Armínio admite enviar relatório a procuradores
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O presidente do BC (Banco Central), Armínio Fraga, admitiu ontem pela primeira vez a possibilidade de reenviar ao Ministério Público do Pará os relatórios "desaparecidos" que apontaram operações suspeitas do presidente do Congresso Nacional, Jader Barbalho, quando ele governava aquele Estado.
"Se for o caso, sem dúvida", disse, ao responder se a remessa dos relatórios seria a única forma de garantir que as investigações caminhassem e impedir que o BC estimulasse a impunidade.
"Estamos recebendo correspondência do Ministério Público do Pará e do Senador. Isso vai ser tratado com sobriedade. O problema é que cada pergunta sobre o assunto requer um nível de detalhamento que não posso expor."
Em 1991, o BC enviou ao Ministério Público paraense documentos apontando desvios, em 1984, de cheques administrativos do Banpará para contas de
várias pessoas físicas numa agência carioca do Banco Itaú.
Um rastreamento teria comprovado que o dinheiro foi parar depois em contas do senador, de seus familiares e amigos. O Ministério Público do Pará informou não ter tomado providências criminais por ter perdido esses relatórios.
A instituição no Pará requereu uma nova remessa dos relatórios, mas, até a semana passada, o BC negava-se a atender o pedido sob vários argumentos -entre eles o de que novas garantias de sigilo bancário foram instituídas depois da primeira remessa e que, agora, o envio só pode ser feito com autorização do próprio Barbalho.
Fraga tentou indicar que o problema não está sendo tratado diretamente por ele, mas por outros funcionários do BC, órgão do qual é chefe máximo. "O BC está lidando com essa questão no Brasil. Aqui (nos EUA) estou tratando de outros assuntos."
Fraga disse ainda não acreditar que as turbulências políticas no Brasil irão "parar o Brasil ou mesmo o Congresso". Segundo ele, "existe alguma tensão mas acredito que ela será resolvida".
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