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09/03/2001
-
03h31
da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), descartou ontem a possibilidade de promover alterações no secretariado nomeado por Mário Covas.
"O governador montou uma equipe unida, competente e não tenho nenhuma preocupação em estar mudando. Devemos, na política, se quisermos ter ganho de qualidade, diminuir os personalismos e trabalhar em cima de princípios e de projetos. É isso o que vamos fazer", declarou, em lançamento de programa de atendimento a vítimas de abuso sexual, no hospital Pérola Byington.
Alckmin disse ainda que não vê motivo para um eventual pedido de demissão coletiva durante a primeira reunião do secretariado em sua gestão, na segunda-feira.
"Não há nenhuma substituição", completou ele, citando, por iniciativa própria, o caso do titular da Pasta da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi. "Tenho plena confiança nele."
Afirmando que a administração permanecerá sendo chamada de governo Mário Covas, Alckmin declarou que sua prioridade no exercício do mandato será a área social. Em uma clara mudança de estilos, entretanto, evitou fazer comentários sobre sucessão.
"Seria uma discussão extemporânea falar sobre isso, seja a presidencial ou a estadual. Faríamos divisões no partido, estaríamos enfraquecendo a base de sustentação do governo, dificultando a governabilidade e prejudicando o bom momento que o país vive."
Covas preferia que os nomes para 2002 fossem definidos o mais rápido possível.
Além da conhecida predileção pelo atual governador para o comando do Estado, chegou a se manifestar, em diversas ocasiões, pela indicação do governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), para a disputa presidencial.
Outro nome citado pelos tucanos para a eleição seria o do ministro José Serra (Saúde), que hoje conta com o apoio também da cúpula nacional do PMDB.
Mais uma vez, Alckmin preferiu não se pronunciar. "É muito bom para o partido ter dois ou mais candidatos dessa estatura. O PSDB tem bons quadros, grande governador, grande ministro. Mas não é hora de discutir isso. Defendo agora trabalho, dedicação e governar", declarou.
Sobre a sucessão estadual, negou até mesmo que o seu partido tenha a intenção de consultar a Justiça Eleitoral sobre suas chances de, apesar de ter assumido o comando do Estado, vir a disputar a eleição de 2002.
Alckmin afirmou que a homenagem feita anteontem a Covas pelo PCC, a organização criminosa que atua nos presídios, fez parte do conjunto de reverências prestadas ao governador morto. "A homenagem foi de todos."
Segundo a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, ainda não há previsão para que Alckmin se mude para a residência oficial e para que passe a despachar do gabinete reservado ao titular do cargo. Assessores declaram que Lila Covas precisará de no mínimo uma semana para realizar sua mudança.
(PATRICIA ZORZAN)
Alckmin afirma que vai manter secretários de Covas
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), descartou ontem a possibilidade de promover alterações no secretariado nomeado por Mário Covas.
"O governador montou uma equipe unida, competente e não tenho nenhuma preocupação em estar mudando. Devemos, na política, se quisermos ter ganho de qualidade, diminuir os personalismos e trabalhar em cima de princípios e de projetos. É isso o que vamos fazer", declarou, em lançamento de programa de atendimento a vítimas de abuso sexual, no hospital Pérola Byington.
Alckmin disse ainda que não vê motivo para um eventual pedido de demissão coletiva durante a primeira reunião do secretariado em sua gestão, na segunda-feira.
"Não há nenhuma substituição", completou ele, citando, por iniciativa própria, o caso do titular da Pasta da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi. "Tenho plena confiança nele."
Afirmando que a administração permanecerá sendo chamada de governo Mário Covas, Alckmin declarou que sua prioridade no exercício do mandato será a área social. Em uma clara mudança de estilos, entretanto, evitou fazer comentários sobre sucessão.
"Seria uma discussão extemporânea falar sobre isso, seja a presidencial ou a estadual. Faríamos divisões no partido, estaríamos enfraquecendo a base de sustentação do governo, dificultando a governabilidade e prejudicando o bom momento que o país vive."
Covas preferia que os nomes para 2002 fossem definidos o mais rápido possível.
Além da conhecida predileção pelo atual governador para o comando do Estado, chegou a se manifestar, em diversas ocasiões, pela indicação do governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), para a disputa presidencial.
Outro nome citado pelos tucanos para a eleição seria o do ministro José Serra (Saúde), que hoje conta com o apoio também da cúpula nacional do PMDB.
Mais uma vez, Alckmin preferiu não se pronunciar. "É muito bom para o partido ter dois ou mais candidatos dessa estatura. O PSDB tem bons quadros, grande governador, grande ministro. Mas não é hora de discutir isso. Defendo agora trabalho, dedicação e governar", declarou.
Sobre a sucessão estadual, negou até mesmo que o seu partido tenha a intenção de consultar a Justiça Eleitoral sobre suas chances de, apesar de ter assumido o comando do Estado, vir a disputar a eleição de 2002.
Alckmin afirmou que a homenagem feita anteontem a Covas pelo PCC, a organização criminosa que atua nos presídios, fez parte do conjunto de reverências prestadas ao governador morto. "A homenagem foi de todos."
Segundo a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, ainda não há previsão para que Alckmin se mude para a residência oficial e para que passe a despachar do gabinete reservado ao titular do cargo. Assessores declaram que Lila Covas precisará de no mínimo uma semana para realizar sua mudança.
(PATRICIA ZORZAN)
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