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13/06/2000
-
22h17
GILMAR PENTEADOda Folha de S.Paulo
O retorno de Celso Pitta à Prefeitura de São Paulo provocou nesta
terça-feira (13) euforia entre os vereadores governistas e deixou os oposicionistas preocupados com o futuro do processo de impeachment do prefeito reconduzido ao cargo.
Com a volta de Pitta, cresce a importância da comissão processante, cujo relatório deve ser votado no plenário da Câmara até o começo de julho.
Vereadores da oposição pretendem se reunir às 14h desta quarta-feira (14). Eles querem coletar assinaturas para entrar com um mandado de segurança que permita o voto aberto durante a apreciação do relatório do impeachment.
O regimento interno da Câmara prevê voto fechado nessa situação. A oposição quer que a Justiça permita que os vereadores façam o voto aberto sem que a apuração seja anulada.
"Com a volta do Pitta, o voto fechado torna-se ainda mais importante. Sem ele, Pitta nunca vai ser cassado", afirmou o líder do PT, José Eduardo Cardozo. "A cidade tem de saber como vão votar os seus vereadores."
Segundo o líder do PT, o mandado de segurança deve ser enviado à Justiça até o final da semana.
Protestos
Cardoso afirmou que a decisão judicial de hoje reforça a necessidade de a Câmara cassar Celso Pitta. "Perde São Paulo, que volta a ter um período de absoluta falta de governabilidade, de insegurança e de um governo envolvido em escândalos", disse.
O líder do PMDB, Jooji Hato, também condenou a volta de Pitta. "A população fica perplexa vendo mudança a todo instante, uma indefinição que não ajuda a cidade", afirmou Hato.
O vereador disse que o retorno de Pitta só seria tranquilo se ele fosse inocentado pela Justiça e pela Câmara.
Mas Hato disse que a bancada do PMDB, composta de dez vereadores, ainda não definiu se vai ou não participar do mandado de segurança que pede o voto fechado.
O líder do PMDB afirmou que a volta de Pitta não deve prejudicar o trabalho da comissão processante.
"Se tiver fato, nem o presidente da República é capaz de mudar."
Abraços, tapas nas costas e sorrisos marcaram a comemoração dos defensores de Pitta na Câmara de Vereadores.
O retorno de Pitta à prefeitura foi anunciado às 15h45 de hoje, durante a sessão.
"Isso só mostra que o prefeito sempre foi inocente, não existe nada contra ele", afirmou Wadih Mutran (PPB), um dos apoiadores de Pitta e integrante da comissão processante.
O vereador Miguel Colasuonno (PMDB) afirmou que não fazia sentido o afastamento de Pitta para não prejudicar as investigações.
"Ele mostrou os computadores da prefeitura", disse Colasuonno. "É um grande motivo de comemoração", completou Brasil Vita (PPB).
Um dos mais entusiasmados era o vereador Alan Lopes (PTB), relator da comissão processante e apoiador de Pitta.
Questionado sobre o motivo dos sorrisos, ele respondeu: "Eu estou rindo da oposição".
Os apoiadores de Pitta saíram antes do final da sessão da Câmara, que terminou sem que os 63 projetos previstos hoje fossem votados.
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Governistas comemoram; oposição fica preocupada
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Vereadores da oposição pretendem se reunir às 14h desta quarta-feira (14). Eles querem coletar assinaturas para entrar com um mandado de segurança que permita o voto aberto durante a apreciação do relatório do impeachment.
O regimento interno da Câmara prevê voto fechado nessa situação. A oposição quer que a Justiça permita que os vereadores façam o voto aberto sem que a apuração seja anulada.
"Com a volta do Pitta, o voto fechado torna-se ainda mais importante. Sem ele, Pitta nunca vai ser cassado", afirmou o líder do PT, José Eduardo Cardozo. "A cidade tem de saber como vão votar os seus vereadores."
Segundo o líder do PT, o mandado de segurança deve ser enviado à Justiça até o final da semana.
Protestos
Cardoso afirmou que a decisão judicial de hoje reforça a necessidade de a Câmara cassar Celso Pitta. "Perde São Paulo, que volta a ter um período de absoluta falta de governabilidade, de insegurança e de um governo envolvido em escândalos", disse.
O líder do PMDB, Jooji Hato, também condenou a volta de Pitta. "A população fica perplexa vendo mudança a todo instante, uma indefinição que não ajuda a cidade", afirmou Hato.
O vereador disse que o retorno de Pitta só seria tranquilo se ele fosse inocentado pela Justiça e pela Câmara.
Mas Hato disse que a bancada do PMDB, composta de dez vereadores, ainda não definiu se vai ou não participar do mandado de segurança que pede o voto fechado.
O líder do PMDB afirmou que a volta de Pitta não deve prejudicar o trabalho da comissão processante.
"Se tiver fato, nem o presidente da República é capaz de mudar."
Abraços, tapas nas costas e sorrisos marcaram a comemoração dos defensores de Pitta na Câmara de Vereadores.
O retorno de Pitta à prefeitura foi anunciado às 15h45 de hoje, durante a sessão.
"Isso só mostra que o prefeito sempre foi inocente, não existe nada contra ele", afirmou Wadih Mutran (PPB), um dos apoiadores de Pitta e integrante da comissão processante.
O vereador Miguel Colasuonno (PMDB) afirmou que não fazia sentido o afastamento de Pitta para não prejudicar as investigações.
"Ele mostrou os computadores da prefeitura", disse Colasuonno. "É um grande motivo de comemoração", completou Brasil Vita (PPB).
Um dos mais entusiasmados era o vereador Alan Lopes (PTB), relator da comissão processante e apoiador de Pitta.
Questionado sobre o motivo dos sorrisos, ele respondeu: "Eu estou rindo da oposição".
Os apoiadores de Pitta saíram antes do final da sessão da Câmara, que terminou sem que os 63 projetos previstos hoje fossem votados.
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