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13/06/2000 - 23h50

Pitta chora, liga para a mãe e recebe aliados

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FLÁVIA DE LEON, da Folha de S.Paulo

Celso Pitta ficou emocionado ao ter a confirmação, pelo rádio, de que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) havia cassado a liminar que o manteve afastado da Prefeitura de São Paulo por 19 dias.

Primeiro, deu pulos de alegria. Em seguida, sem conseguir conter as lágrimas, telefonou para a sua mãe, Zuleica.

As informações são de assessores que estavam com o prefeito acompanhando o julgamento do STJ no escritório de Edvaldo Brito, que foi secretário dos Negócios Jurídicos até o afastamento de Pitta, em Moema (zona sul).

Pitta chegou ao escritório no início da tarde. Juntaram-se a ele o próprio Brito, que voltava de uma viagem a Brasília, o secretário da Comunicação, Antenor Braido, e a secretária Marlene.

Assim que o ministro Peçanha Martins proferiu seu voto, Pitta foi avisado por um telefonema de um amigo e auxiliar que estava em Brasília e acompanhava o julgamento.

Mas, segundo Braido, o prefeito ainda esperou alguns segundos e só começou sua comemoração pessoal após ouvir a notícia pelo rádio. "Ele abraçou até os funcionários da casa", disse Braido.

O secretário contou que Pitta repetiu várias vezes a frase "a Justiça foi feita". Aos fotógrafos e cinegrafistas, cuja entrada foi permitida no escritório, o prefeito disse que estava com "a alma lavada".

Pitta não quis dar entrevista. Ele mandou dizer que só falaria com a imprensa após receber a notificação da decisão do Superior Tribunal de Justiça.

Beija-mão

A partir das 16h, o escritório de Brito começou a receber uma romaria de secretários municipais que integravam a equipe de Pitta e de vereadores.
Os primeiros a chegar foram Carlos Augusto Meinberg, que era secretário de Governo, Getúlio Hanashiro, dos Transportes, e Paulo Narciso, das Relações do Trabalho.

Depois, chegaram os vereadores Viviane Ferraz (PL), Wadih Mutran (PPB), Miguel Colasuonno (PMDB), Brasil Vita (PPB), Edivaldo Estima (PPB) e Maria Helena Fontes (PL). "Eu vim aqui beijar a mão dele", disse o vereador Estima.

"Ontem eu disse que ele (Pitta) acreditava que iria voltar porque acredita na nossa Justiça", afirmou Brasil Vita, para quem "não há prova nenhuma contra o prefeito".

Wadih Mutran chegou a afirmar que se sentia "pessoalmente vitorioso". "A volta de Celso Pitta mostra que sempre votei em um homem honesto. A vitória também é minha", afirmou.

Maria Helena Fontes, a última a chegar, afirmou que tinha ido dar um abraço no prefeito. "Eu sei o que ele passou. Eu também fui vítima de uma injustiça. Passei 64 dias na prisão por uma injustiça", afirmou.

Administração

Colasuonno afirmou acreditar que o prefeito não fará mudanças radicais em sua equipe. Segundo ele, assim que assumir novamente a prefeitura, Pitta precisará de no máximo dois dias para colocar a casa em ordem.

O vereador disse que o retorno de Pitta à Prefeitura de São Paulo não vai mudar os rumos da comissão processante. "A comissão está encerrando seus trabalhos. Ela é independente e vai cumprir todos os rituais. Agora só está faltando os advogados do prefeito encaminharem a defesa escrita dele", afirmou.

Brasil Vita, o primeiro a sair do escritório, disse que o prefeito estava "satisfeitíssimo". "Está tudo resolvido. Não há prova nenhuma contra ele", disse.

Questionado sobre os próximos passos administrativos do prefeito, Vita disse que somente Pitta poderá defini-los.

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