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15/03/2001
-
18h09
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
O PT vai utilizar as inserções gratuitas do partido na TV, na próxima semana, para fazer campanha a favor da instalação da CPI destinada a apurar as denúncias de corrupção no governo federal.
A estratégia dos petistas, que ainda não contam com o número mínimo de assinaturas de parlamentares para a criação da comissão, é mobilizar a população para que pressione deputados e senadores a aderir à proposta.
O anúncio foi feito hoje em Recife (PE) pelo presidente nacional do PT, José Dirceu, e o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo eles, o movimento vai culminar com um ato político em Brasília, no dia 5 de abril.
A campanha pela CPI será lançada quarta-feira no Congresso com um ato que reunirá, além dos parlamentares da oposição, "várias entidades da sociedade", disse José Dirceu.
Nos dias 30 deste mês e 2 de abril, afirmou, deputados e vereadores do partido sairão às ruas para colher assinaturas para um abaixo-assinado a ser encaminhado ao Legislativo.
"Acreditamos que a pressão da sociedade levará à CPI", disse o presidente nacional do PT. "Se isso não acontecer, o governo vai arcar com um alto custo político", declarou. "A mobilização é a nossa prioridade."
José Dirceu disse que a oposição conta hoje com 120 das 171 assinaturas necessárias na Câmara para a instalação da comissão. No Senado, já teria o apoio de 16 senadores, sete a menos do que o mínimo exigido.
"Na Câmara, seguramente conseguiremos", afirmou. "O problema é no Senado", declarou. Para o presidente do PT, com o apoio do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e de parte do PMDB, a oposição pode obter mais oito assinaturas.
Entre os senadores da situação que o PT espera receber apoio no Senado, José Dirceu citou Roberto Requião (PR), Pedro Simon (RS), Osmar Dias (PR), Álvaro Dias (PR) e José de Alencar (MG).
Para o petista, a pressão do governo federal contra a CPI não vai influenciar na decisão desses senadores. "Não faz parte da biografia deles", disse. "Ficarei muito decepcionado se isso acontecer, principalmente com o senador Pedro Simon", afirmou.
A posição do presidente Fernando Henrique Cardoso contra a criação da comissão foi criticada por Lula. "Se ele tem tanta certeza da idoneidade de seu governo, seria melhor pegar um atestado do Congresso Nacional, no caso a CPI", disse.
"Mas ele quer fazer ouvidos moucos (surdos) diante de todo o processo de denúncia, na expectativa de que o povo brasileiro tenha memória curta", declarou.
Lula também criticou a política social do governo e disse que o presidente "entra em uma crise de orgasmo profundo" quando lê nos jornais que sua popularidade cresceu "menos de um ponto". "Aí resolve fazer política social, pelo menos no papel."
PT vai usar televisão para fazer campanha pela CPI da Corrupção
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da Agência Folha, em Recife
O PT vai utilizar as inserções gratuitas do partido na TV, na próxima semana, para fazer campanha a favor da instalação da CPI destinada a apurar as denúncias de corrupção no governo federal.
A estratégia dos petistas, que ainda não contam com o número mínimo de assinaturas de parlamentares para a criação da comissão, é mobilizar a população para que pressione deputados e senadores a aderir à proposta.
O anúncio foi feito hoje em Recife (PE) pelo presidente nacional do PT, José Dirceu, e o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo eles, o movimento vai culminar com um ato político em Brasília, no dia 5 de abril.
A campanha pela CPI será lançada quarta-feira no Congresso com um ato que reunirá, além dos parlamentares da oposição, "várias entidades da sociedade", disse José Dirceu.
Nos dias 30 deste mês e 2 de abril, afirmou, deputados e vereadores do partido sairão às ruas para colher assinaturas para um abaixo-assinado a ser encaminhado ao Legislativo.
"Acreditamos que a pressão da sociedade levará à CPI", disse o presidente nacional do PT. "Se isso não acontecer, o governo vai arcar com um alto custo político", declarou. "A mobilização é a nossa prioridade."
José Dirceu disse que a oposição conta hoje com 120 das 171 assinaturas necessárias na Câmara para a instalação da comissão. No Senado, já teria o apoio de 16 senadores, sete a menos do que o mínimo exigido.
"Na Câmara, seguramente conseguiremos", afirmou. "O problema é no Senado", declarou. Para o presidente do PT, com o apoio do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e de parte do PMDB, a oposição pode obter mais oito assinaturas.
Entre os senadores da situação que o PT espera receber apoio no Senado, José Dirceu citou Roberto Requião (PR), Pedro Simon (RS), Osmar Dias (PR), Álvaro Dias (PR) e José de Alencar (MG).
Para o petista, a pressão do governo federal contra a CPI não vai influenciar na decisão desses senadores. "Não faz parte da biografia deles", disse. "Ficarei muito decepcionado se isso acontecer, principalmente com o senador Pedro Simon", afirmou.
A posição do presidente Fernando Henrique Cardoso contra a criação da comissão foi criticada por Lula. "Se ele tem tanta certeza da idoneidade de seu governo, seria melhor pegar um atestado do Congresso Nacional, no caso a CPI", disse.
"Mas ele quer fazer ouvidos moucos (surdos) diante de todo o processo de denúncia, na expectativa de que o povo brasileiro tenha memória curta", declarou.
Lula também criticou a política social do governo e disse que o presidente "entra em uma crise de orgasmo profundo" quando lê nos jornais que sua popularidade cresceu "menos de um ponto". "Aí resolve fazer política social, pelo menos no papel."
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