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16/03/2001
-
03h25
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O PMDB cumpriu o acordo e cedeu ao PSDB a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), que divide com a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) o posto de comissão mais importante do Senado.
Na próxima terça, a bancada tucana deverá referendar Lúcio Alcântara (PSDB-CE) para presidir a CAE, apesar de suas divergências públicas com o líder da bancada, Sérgio Machado (CE).
A escolha fez parte de articulações do Planalto para pacificar o governador Tasso Jereissati (CE), insatisfeito com a eleição de Jader Barbalho (PMDB-PA) para a presidência do Senado e com a recondução de Machado, seu desafeto no Estado, para a liderança.
A maior surpresa na divisão das comissões, no entanto, é que a oposição vai comandar no Senado nos próximos dois anos as discussões e votações de assuntos internacionais de interesse do país, como os que envolvem a Alca (Associação de Livre Comércio das Américas) e o Plano Colômbia (interferência militar dos Estados Unidos no combate ao narcotráfico naquele país).
Também fará parte do conselho deliberativo da Abin (Agência Brasileira de Investigação), o serviço de inteligência brasileiro.
Pela primeira vez, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional será presidida por um senador da oposição, o pedetista Jefferson Péres
(AM).
A oposição adotou uma manobra política para enganar os aliados do governo e ficar com a comissão, segundo o líder, José Eduardo Dutra (PT-SE).
Nas negociações, a oposição soltou um "balão de ensaio" mostrando interesse na Comissão de Fiscalização e Controle, que tem poder para incomodar o governo.
Os aliados morderam a isca e o PMDB, a quem cabia a terceira escolha, optou pela CFC para não entregá-la à oposição. Dutra, então, surpreendeu os governistas escolhendo a CRE.
"Queremos que a CRE deixe de ser uma mera comissão para sabatinar embaixador e homologar indicações do governo. Queremos transformá-la num grande centro de debates desses assuntos internacionais que terão grande importância", disse.
À oposição, normalmente, cabe uma comissão menos disputada, como a de Assuntos Sociais.
A CCJ será presidida por Bernardo Cabral (PFL-AM). Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que antes de romper com o governo reivindicou a presidência da comissão, deverá ser um de seus integrantes. "Se estou numa posição de independência, nada mais justo (não ganhar o cargo)", disse.
PSDB ganha comissão econômica
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O PMDB cumpriu o acordo e cedeu ao PSDB a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), que divide com a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) o posto de comissão mais importante do Senado.
Na próxima terça, a bancada tucana deverá referendar Lúcio Alcântara (PSDB-CE) para presidir a CAE, apesar de suas divergências públicas com o líder da bancada, Sérgio Machado (CE).
A escolha fez parte de articulações do Planalto para pacificar o governador Tasso Jereissati (CE), insatisfeito com a eleição de Jader Barbalho (PMDB-PA) para a presidência do Senado e com a recondução de Machado, seu desafeto no Estado, para a liderança.
A maior surpresa na divisão das comissões, no entanto, é que a oposição vai comandar no Senado nos próximos dois anos as discussões e votações de assuntos internacionais de interesse do país, como os que envolvem a Alca (Associação de Livre Comércio das Américas) e o Plano Colômbia (interferência militar dos Estados Unidos no combate ao narcotráfico naquele país).
Também fará parte do conselho deliberativo da Abin (Agência Brasileira de Investigação), o serviço de inteligência brasileiro.
Pela primeira vez, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional será presidida por um senador da oposição, o pedetista Jefferson Péres
(AM).
A oposição adotou uma manobra política para enganar os aliados do governo e ficar com a comissão, segundo o líder, José Eduardo Dutra (PT-SE).
Nas negociações, a oposição soltou um "balão de ensaio" mostrando interesse na Comissão de Fiscalização e Controle, que tem poder para incomodar o governo.
Os aliados morderam a isca e o PMDB, a quem cabia a terceira escolha, optou pela CFC para não entregá-la à oposição. Dutra, então, surpreendeu os governistas escolhendo a CRE.
"Queremos que a CRE deixe de ser uma mera comissão para sabatinar embaixador e homologar indicações do governo. Queremos transformá-la num grande centro de debates desses assuntos internacionais que terão grande importância", disse.
À oposição, normalmente, cabe uma comissão menos disputada, como a de Assuntos Sociais.
A CCJ será presidida por Bernardo Cabral (PFL-AM). Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que antes de romper com o governo reivindicou a presidência da comissão, deverá ser um de seus integrantes. "Se estou numa posição de independência, nada mais justo (não ganhar o cargo)", disse.
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