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26/03/2001 - 07h42

Oposição deve usar apoio popular para pressionar abertura de CPI

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da Folha de S.Paulo

Os principais líderes da oposição querem utilizar o apoio popular à CPI da corrupção para pressionar os governistas a assinar a abertura das investigações. Pesquisa Datafolha publicada ontem aponta que 84% dos brasileiros são a favor da instalação da CPI.

No governo, a avaliação é que a opinião pública não liga o presidente Fernando Henrique Cardoso às denúncias de corrupção trocadas entre os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA) -ex e atual presidente do Senado.

A pesquisa mostra que 71% dos brasileiros acreditam que há corrupção no governo. Dos entrevistados, 31% dizem que FHC é "muito responsável" pela situação e 49% crêem que ele é "um pouco responsável" por ela.

"A avaliação que faço é que o presidente está bem diante da opinião pública, pois a idéia de corrupção não está colada nele, não é atribuída a ele", afirmou o secretário de Comunicação de Governo, Andrea Matarazzo.

Para ACM, fonte e alvo de acusações, "o Congresso vai sempre pela vontade do povo", indicando que novas assinaturas poderão vir. O senador disse que a CPI só seria evitada se o presidente FHC assumisse o compromisso de, no curto prazo, apresentar informações sobre os casos suspeitos.

Adesão
"Espero que o resultado da pesquisa estimule políticos situacionistas a assinarem nosso requerimento", afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
"Parte da população acha que o presidente tem responsabilidade na corrupção. Desse ponto de vista, a CPI seria a melhor maneira de esclarecer as suspeitas", diz o senador Eduardo Suplicy (PT).

O líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (PT-BA), disse que a pesquisa de opinião mostra que a melhor estratégia para a oposição é fazer campanha nas ruas pela CPI. "É muito mais eficiente do que colher assinaturas nos corredores do Congresso", afirmou.

Mais cético, o senador Roberto Freire (PPS-PE) considerou previsível o resultado. "Achei que 84% é até pouco. É difícil achar alguém que não queira apurar denúncias desse tipo", disse.

O senador disse que não basta correr atrás de assinaturas para instalar uma CPI, mas viabilizar seus trabalhos. "A comissão não pode virar um armarinho, onde tudo o que se pede, tem", afirmou, numa referência à extensa lista de denúncias.

O presidente Fernando Henrique Cardoso passou o dia de ontem na casa cedida à Presidência na Gávea Pequena, no Rio de Janeiro, em companhia da família. Segundo sua assessoria de imprensa, FHC não se pronunciou sobre os resultados da pesquisa.


 

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