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29/03/2001 - 17h16

Líder do governo rebate críticas sobre liberação de verbas para abafar CPI

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM), rebateu a acusação da oposição de que o governo estaria liberando recursos e cargos para evitar que parlamentares da base assinassem o requerimento para instalação da CPI da Corrupção.

"O ministro Martus Tavares (Planejamento) tem mesmo de liberar verbas ligadas a emendas parlamentares. Seria decepcionante para mim se isso não acontecesse, até porque é um compromisso nosso liberar verbas, inclusive as de deputados do PT."

Questionado se esse seria o momento certo de liberar os recursos, Virgílio justificou: "As economias que receberão as verbas precisam dessa injeção de recursos".

"São economias pobres, que precisam das verbas", disse Virgílio, que afirmou acreditar que a CPI está "enterrada".

Sobre a declaração de Walter Pinheiro (PT-BA), líder do partido na Câmara, de que a oposição vai tentar investigar as denúncias contra o governo até o final do mandato, em 2002, e que o presidente Fernando Henrique Cardoso estaria com uma "espada na cabeça", Virgílio respondeu com acusações contra o PT.

"Se a verdade vale para todo mundo, haveria uma espada malcheirosa sobre a cabeça da prefeita Marta Suplicy por causa da CPI do lixo, uma espada armada sobre o governador Olívio Dutra (RS) por causa da CPI da segurança pública e uma espada de quatro rodas para o prefeito de Belém (Edmilson Rodrigues, PT), por causa da CPI do transporte público."

Sobre uma suposta tentativa de a oposição continuar a fazer pressão para abrir a CPI da Corrupção, Virgílio afirmou: "O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) deu mais trabalho em poucos dias do que o PT em seis anos".

Economia

O líder do governo disse que ainda o Parlamento deverá centrar a sua atenção, daqui para frente, fortalecendo a economia por meio da aprovação das reformas e aprovando as medidas provisórias da pauta.

"Nós temos que passar para os mercados, para a sociedade e para os investidores que o Brasil está trabalhando, que o país não é uma ilha imune aos males do mundo, mas é um país que está saudável para ajudar o mundo a resolver um pouco de seus problemas."

De todos os parlamentares que estiveram hoje à tarde no Congresso, Virgílio estava mais "à vontade": trajava, durante a entrevista, calça social e uma camisa branca de mangas compridas dobradas. Segundo ele, "é hora de arregaçar as mangas e trabalhar".
 

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