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05/04/2001 - 03h49

Corregedoria se torna palanque de denúncias

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A recém-criada Corregedoria Geral da União virou mais um palanque para os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA). Em nova tentativa de não deixar a discussão morrer, eles protocolaram denúncias um contra o outro com diferença de duas horas e meia.

O ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge também avalia a possibilidade de entregar documentos sobre seus sigilos bancário e telefônico.

O novo órgão recebeu também, no segundo dia de funcionamento, nova denúncia: um cidadão (cujo nome não foi revelado) enviou um fax com acusações, que também não foram divulgadas.

As denúncias de ACM são conhecidas: se referem à Sudam, ao Banpará e ao DNER. Chegaram ao órgão por volta das 14h.

Às 16h30, as de Jader chegaram com o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), rival de ACM. Ele orquestrou o que chamou de "unidade das forças políticas da Bahia", que reúne 17 deputados federais e 21 estaduais.

Ao todo, os anticarlistas entregaram à ministra Anadyr Rodrigues oito cadernos com denúncias que atingem ACM e pessoas ou empresas ligadas a ele.

Anadyr, em rápida audiência ao grupo, disse que considerou o ato "um exemplo, para que qualquer cidadão possa fazer o mesmo e tenha acesso à corregedoria".

Para Geddel, a ministra "é independente e tem o dever moral de apurar o que for colocado, seja quem for o citado", ainda que seja de outro Poder, como ACM.

Anadyr discordou. "A Constituição responde, não podemos atuar em outros Poderes." Ainda assim, ela disse que não poderia concluir nada de antemão. "Não examinei ainda (os documentos)", afirmou, sem dar prazos para resposta ou possíveis ações.

A ministra trabalha em duas salas no anexo do Palácio do Planalto e conta com apenas sete funcionários -dos 70 que pretende ter. O telefone 0800 que anunciou não funciona e o e-mail é provisório.

Segundo ela, sua atuação vai avaliar o que é feito, corrigir rumos se preciso e destituir os responsáveis por casos atrasados.
 

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