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18/04/2001
-
17h05
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), chegou a chorar na tribuna da Casa ao se defender das acusações de que teria solicitado a quebra de sigilo do painel de votação eletrônico na sessão secreta que cassou o ex-senador Luiz Estevão, em junho de 2000.
"Eu tenho honra, eu tenho filhos. A essa honra serei fiel enquanto viver", disse Arruda, que apresentou documentos, fotos e declarações de testemunhas que, segundo ele, comprovariam toda a agenda que manteve no dia 27 de junho do ano passado, véspera da sessão e quando teria se encontrado com a ex-diretora do Prodasen Regina Borges para solicitar, em nome de ACM, uma lista de como votariam os senadores.
Arruda disse que trabalhou pela manhã no Senado, almoçou na casa do deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ), voltou para o Senado onde ficou até o final da tarde.
Depois, Arruda se reuniu fora do Senado com servidores da Novacap (empresa fundiária do DF) e, às 19h, esteve na posse do ministro Fernando Neves da Silva no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde teria ficado até pouco depois das 22h.
Em seguida, Arruda contou ter lembrado que havia agendado um encontro com o jornalista Ricardo Noblat, diretor de redação do jornal "Correio Braziliense" do no restaurante Piantella (tradicional ponto de encontro de políticos em Brasília).
Tanto Noblat quanto o ministro Neves e várias outras testemunhas entregaram declarações a Arruda confirmando os fatos.
Logo após apresentar toda a documentação, o senador voltou a afirmar que nunca viu nem soube da existência da lista de votação, que não se encontrou no dia 27 com a ex-diretora do Prodasen e, com veemência, já quase chorando, disse que "o ônus da prova cabe a quem acusa".
"Eu tenho honra, eu tenho filhos e a esta honra serei fiel enquanto viver", afirmou. Arruda, em seguida, exigiu que tudo seja investigado até o fim.
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) interrompeu o discurso de Arruda para dizer que quer uma acareação entre ele, Arruda e Regina Borges.
Arruda apresentou também cópia dos dois depoimentos prestados por Regina Borges à comissão de sindicância do Senado. No dia 5 de março, ela havia dito que nunca recebeu nenhuma ordem solicitando quebra de sigilo. Já no depoimento dado na segunda-feira (26) ela contou a história envolvendo Arruda e ACM.
Veja o relato de como foi o esquema que violou o painel do Senado
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Líder do governo nega violação no painel do Senado
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da Folha Online, em Brasília
O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), chegou a chorar na tribuna da Casa ao se defender das acusações de que teria solicitado a quebra de sigilo do painel de votação eletrônico na sessão secreta que cassou o ex-senador Luiz Estevão, em junho de 2000.
"Eu tenho honra, eu tenho filhos. A essa honra serei fiel enquanto viver", disse Arruda, que apresentou documentos, fotos e declarações de testemunhas que, segundo ele, comprovariam toda a agenda que manteve no dia 27 de junho do ano passado, véspera da sessão e quando teria se encontrado com a ex-diretora do Prodasen Regina Borges para solicitar, em nome de ACM, uma lista de como votariam os senadores.
Arruda disse que trabalhou pela manhã no Senado, almoçou na casa do deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ), voltou para o Senado onde ficou até o final da tarde.
Depois, Arruda se reuniu fora do Senado com servidores da Novacap (empresa fundiária do DF) e, às 19h, esteve na posse do ministro Fernando Neves da Silva no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde teria ficado até pouco depois das 22h.
Em seguida, Arruda contou ter lembrado que havia agendado um encontro com o jornalista Ricardo Noblat, diretor de redação do jornal "Correio Braziliense" do no restaurante Piantella (tradicional ponto de encontro de políticos em Brasília).
Tanto Noblat quanto o ministro Neves e várias outras testemunhas entregaram declarações a Arruda confirmando os fatos.
Logo após apresentar toda a documentação, o senador voltou a afirmar que nunca viu nem soube da existência da lista de votação, que não se encontrou no dia 27 com a ex-diretora do Prodasen e, com veemência, já quase chorando, disse que "o ônus da prova cabe a quem acusa".
"Eu tenho honra, eu tenho filhos e a esta honra serei fiel enquanto viver", afirmou. Arruda, em seguida, exigiu que tudo seja investigado até o fim.
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) interrompeu o discurso de Arruda para dizer que quer uma acareação entre ele, Arruda e Regina Borges.
Arruda apresentou também cópia dos dois depoimentos prestados por Regina Borges à comissão de sindicância do Senado. No dia 5 de março, ela havia dito que nunca recebeu nenhuma ordem solicitando quebra de sigilo. Já no depoimento dado na segunda-feira (26) ela contou a história envolvendo Arruda e ACM.
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