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19/04/2001
-
15h30
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O líder do bloco de oposição no Senado, José Eduardo Dutra (PT-SE), afirmou há pouco ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa que, no dia 27 de junho de 2000 (véspera da sessão secreta que cassou o mandato de Luiz Estevão), esteve no gabinete do então líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), que lhe teria perguntado se haveria possibilidade de quebra de sigilo do painel eletrônico de votação.
No dia seguinte à votação, ao final da sessão do Congresso, passou para cumprimentar o então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e ele teria dito a Dutra: "A sua líder (Heloísa Helena, de Alagoas) não votou com a gente".
Dutra afirmou, em um primeiro momento, que achou ter sido "bravata" de ACM a declaração. Mas, para ele, após a divulgação do laudo da Unicamp (Universidade de Campinas) e dos depoimentos dos funcionários do Prodasen (Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado), a conexão entre os fatos ficou clara.
"Entendo que esse são os elementos que deverão ser averiguados no conjunto. Se os diálogos da época fossem contemporâneos aos fatos atuais, eu imediatamente pediria a cassação de ACM", afirmou.
Segundo o petista, tornar público o diálogo que teve com os dois senadores é necessário para a investigação. Ele fez um apelo aos demais senadores para que apresentem o teor das conversas mantidas com ACM e Arruda sobre o caso.
"Acredito que esse tipo de conversa não se deu só comigo. É fundamental que outros senadores que tiveram esse tipo de diálogo também os tornem público", disse Dutra.
Veja o relato de como foi o esquema que violou o painel do Senado
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Violação de painel foi sondada por Arruda, diz Dutra
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da Folha Online, em Brasília
O líder do bloco de oposição no Senado, José Eduardo Dutra (PT-SE), afirmou há pouco ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa que, no dia 27 de junho de 2000 (véspera da sessão secreta que cassou o mandato de Luiz Estevão), esteve no gabinete do então líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), que lhe teria perguntado se haveria possibilidade de quebra de sigilo do painel eletrônico de votação.
No dia seguinte à votação, ao final da sessão do Congresso, passou para cumprimentar o então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e ele teria dito a Dutra: "A sua líder (Heloísa Helena, de Alagoas) não votou com a gente".
Dutra afirmou, em um primeiro momento, que achou ter sido "bravata" de ACM a declaração. Mas, para ele, após a divulgação do laudo da Unicamp (Universidade de Campinas) e dos depoimentos dos funcionários do Prodasen (Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado), a conexão entre os fatos ficou clara.
"Entendo que esse são os elementos que deverão ser averiguados no conjunto. Se os diálogos da época fossem contemporâneos aos fatos atuais, eu imediatamente pediria a cassação de ACM", afirmou.
Segundo o petista, tornar público o diálogo que teve com os dois senadores é necessário para a investigação. Ele fez um apelo aos demais senadores para que apresentem o teor das conversas mantidas com ACM e Arruda sobre o caso.
"Acredito que esse tipo de conversa não se deu só comigo. É fundamental que outros senadores que tiveram esse tipo de diálogo também os tornem público", disse Dutra.
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