Publicidade
Publicidade
21/04/2001
-
03h26
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Convencidos de que os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) serão considerados culpados da acusação de quebra do sigilo dos votos dos senadores, seus aliados articulam uma saída regimental para trocar a cassação por uma punição mais branda - a suspensão temporária dos mandatos de ambos.
Os aliados de ACM e Arruda contam com o corporativismo da Casa para levar adiante o projeto. A saída seria uma brecha no artigo 10, inciso III da Resolução número 20, de 93, que instituiu o Código de Ética e Decoro Parlamentar. Segundo essa regra, será punido com a sanção de perda temporária do exercício do mandato, quando não for aplicada a cassação, o senador que ""revelar conteúdo de debates ou deliberações que o Senado ou comissão haja resolvido devam ficar secretos".
A tramitação do processo por quebra de decoro contra ACM e Arruda deve demorar meses, ao contrário da previsão inicial do presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Ramez Tebet (PMDB-MS), e do relator, Saturnino Braga (PSDB-RJ).
Isso porque o que existe, por enquanto, é apenas uma "denúncia" apresentada pela oposição, pedindo a investigação do conteúdo das declarações de ACM aos procuradores da República, citando suposta lista de votos dados a favor ou contra a cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF).
Pelo regimento, se o conselho decidir que a denúncia deve ser transformada em representação, o caso terá de passar pela Mesa Diretora.
Se for acolhida, a representação terá de ser devolvida pela Mesa ao conselho, onde se inicia nova tramitação.
Os aliados de ACM e Arruda esperam que, com o tempo, diminua a pressão da opinião pública pela cassação dos dois senadores. Assim poderiam recorrer à brecha do regimento que prevê a suspensão de mandato.
O conselho aguarda que a ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges encaminhe os extratos de suas ligações telefônicas para confirmar os contatos que ela diz ter feito com Arruda e ACM.
A punição dos funcionários que violaram o painel só deverá ser decidida após o resultado do processo relativo aos senadores.
Renúncia
O senador Roberto Requião (PMDB- PR) defendeu ontem a renúncia de Arruda, por acreditar que o tucano mentiu ao apresentar seu "álibi" no Senado.
Leia mais sobre o Congresso Nacional
Senadores ensaiam saída contra cassação
Publicidade
Convencidos de que os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) serão considerados culpados da acusação de quebra do sigilo dos votos dos senadores, seus aliados articulam uma saída regimental para trocar a cassação por uma punição mais branda - a suspensão temporária dos mandatos de ambos.
Os aliados de ACM e Arruda contam com o corporativismo da Casa para levar adiante o projeto. A saída seria uma brecha no artigo 10, inciso III da Resolução número 20, de 93, que instituiu o Código de Ética e Decoro Parlamentar. Segundo essa regra, será punido com a sanção de perda temporária do exercício do mandato, quando não for aplicada a cassação, o senador que ""revelar conteúdo de debates ou deliberações que o Senado ou comissão haja resolvido devam ficar secretos".
A tramitação do processo por quebra de decoro contra ACM e Arruda deve demorar meses, ao contrário da previsão inicial do presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Ramez Tebet (PMDB-MS), e do relator, Saturnino Braga (PSDB-RJ).
Isso porque o que existe, por enquanto, é apenas uma "denúncia" apresentada pela oposição, pedindo a investigação do conteúdo das declarações de ACM aos procuradores da República, citando suposta lista de votos dados a favor ou contra a cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF).
Pelo regimento, se o conselho decidir que a denúncia deve ser transformada em representação, o caso terá de passar pela Mesa Diretora.
Se for acolhida, a representação terá de ser devolvida pela Mesa ao conselho, onde se inicia nova tramitação.
Os aliados de ACM e Arruda esperam que, com o tempo, diminua a pressão da opinião pública pela cassação dos dois senadores. Assim poderiam recorrer à brecha do regimento que prevê a suspensão de mandato.
O conselho aguarda que a ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges encaminhe os extratos de suas ligações telefônicas para confirmar os contatos que ela diz ter feito com Arruda e ACM.
A punição dos funcionários que violaram o painel só deverá ser decidida após o resultado do processo relativo aos senadores.
Renúncia
O senador Roberto Requião (PMDB- PR) defendeu ontem a renúncia de Arruda, por acreditar que o tucano mentiu ao apresentar seu "álibi" no Senado.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice