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24/04/2001
-
03h32
da Folha de S.Paulo
A direção do PT saiu ontem em defesa dos senadores Heloísa Helena (AL) e José Eduardo Dutra (SE), repudiando denúncias feitas contra os dois em relação ao episódio da violação do painel eletrônico do Senado Federal.
"A Executiva Nacional do PT repudia as tentativas de envolver parlamentares do partido nas fraudes ocorridas no Congresso e manifesta sua solidariedade aos senadores Heloísa Helena e José Eduardo Dutra, cujas trajetórias e condutas no episódio são irrepreensíveis", afirma a resolução do partido, assinada por seu presidente nacional, José Dirceu (SP), e pelo líder da bancada na Câmara, Walter Pinheiro (BA).
A Folha apurou ontem, junto a dirigentes tucanos, que o PT está emitindo sinais de que não pretende forçar a cassação do senador tucano -o que exigiria um processo extremamente longo e desgastante- para não expor ainda mais os dois senadores petistas à opinião pública.
Segundo os tucanos, o PSDB conta com a disposição conciliatória dos petistas para salvar o mandato do ex-líder do presidente Fernando Henrique Cardoso, aprovando assim uma punição bem mais branda (advertência ou suspensão) para Arruda.
A senadora Heloísa Helena nega que tenha votado contra a cassação do senador Luiz Estevão, como supostamente mostraria uma lista extraída do painel do Senado. José Eduardo Dutra, por sua vez, teria sido informado sobre a violação do painel pelo próprio José Roberto Arruda (PSDB-DF) logo após a cassação, mas nada fez para denunciar a fraude.
"Acreditamos na palavra da senadora, que tem nossa solidariedade. Ela está sendo caluniada. Ninguém lutou mais pela cassação do senador do que a Heloísa Helena", declarou Dirceu.
O presidente do partido também defendeu a atitude de Dutra, dizendo que ele "não prevaricou", por ter exposto o caso ao Senado. "Dutra contou o que sabe espontaneamente, ao contrário de outros senadores, que se escondem", afirmou Dirceu.
O PT também conclama sua militância a mobilizar a sociedade em apoio à instalação de CPI no Congresso, "priorizando os atos do feriado de" 1º de Maio", para investigar a corrupção.
Na mesma reunião, o presidente do diretório fluminense do PT, Carlos Santana, pediu licença do cargo. A Comissão de Ética do partido vai investigar a doação de R$ 50 mil que Santana recebeu da CBF, mas não declarou.
Jader Barbalho
O PT, além de pedir a cassação de Arruda (PSDB-DF), ex-líder do governo no Senado, e do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), também formalizou ontem sua defesa da renúncia do presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), envolvido no escândalo de desvio de verbas da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
"O partido vai" buscar por todos os meios políticos e constitucionais a renúncia do presidente do Senado, para que se possa investigar sua atuação", afirma a nota da Executiva Nacional.
PT defende seus senadores; PSDB crê que partido quer poupar Arruda
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A direção do PT saiu ontem em defesa dos senadores Heloísa Helena (AL) e José Eduardo Dutra (SE), repudiando denúncias feitas contra os dois em relação ao episódio da violação do painel eletrônico do Senado Federal.
"A Executiva Nacional do PT repudia as tentativas de envolver parlamentares do partido nas fraudes ocorridas no Congresso e manifesta sua solidariedade aos senadores Heloísa Helena e José Eduardo Dutra, cujas trajetórias e condutas no episódio são irrepreensíveis", afirma a resolução do partido, assinada por seu presidente nacional, José Dirceu (SP), e pelo líder da bancada na Câmara, Walter Pinheiro (BA).
A Folha apurou ontem, junto a dirigentes tucanos, que o PT está emitindo sinais de que não pretende forçar a cassação do senador tucano -o que exigiria um processo extremamente longo e desgastante- para não expor ainda mais os dois senadores petistas à opinião pública.
Segundo os tucanos, o PSDB conta com a disposição conciliatória dos petistas para salvar o mandato do ex-líder do presidente Fernando Henrique Cardoso, aprovando assim uma punição bem mais branda (advertência ou suspensão) para Arruda.
A senadora Heloísa Helena nega que tenha votado contra a cassação do senador Luiz Estevão, como supostamente mostraria uma lista extraída do painel do Senado. José Eduardo Dutra, por sua vez, teria sido informado sobre a violação do painel pelo próprio José Roberto Arruda (PSDB-DF) logo após a cassação, mas nada fez para denunciar a fraude.
"Acreditamos na palavra da senadora, que tem nossa solidariedade. Ela está sendo caluniada. Ninguém lutou mais pela cassação do senador do que a Heloísa Helena", declarou Dirceu.
O presidente do partido também defendeu a atitude de Dutra, dizendo que ele "não prevaricou", por ter exposto o caso ao Senado. "Dutra contou o que sabe espontaneamente, ao contrário de outros senadores, que se escondem", afirmou Dirceu.
O PT também conclama sua militância a mobilizar a sociedade em apoio à instalação de CPI no Congresso, "priorizando os atos do feriado de" 1º de Maio", para investigar a corrupção.
Na mesma reunião, o presidente do diretório fluminense do PT, Carlos Santana, pediu licença do cargo. A Comissão de Ética do partido vai investigar a doação de R$ 50 mil que Santana recebeu da CBF, mas não declarou.
Jader Barbalho
O PT, além de pedir a cassação de Arruda (PSDB-DF), ex-líder do governo no Senado, e do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), também formalizou ontem sua defesa da renúncia do presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), envolvido no escândalo de desvio de verbas da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
"O partido vai" buscar por todos os meios políticos e constitucionais a renúncia do presidente do Senado, para que se possa investigar sua atuação", afirma a nota da Executiva Nacional.
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