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24/04/2001 - 07h38

Assessor de Arruda depõe e contradiz senador

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da Folha de S.Paulo

O depoimento de Domingos Lamoglia, assessor de José Roberto Arruda (PSDB-DF), contradisse em pelo menos um ponto a versão apresentada pouco antes pelo senador. O assessor depôs no final da tarde de ontem à Corregedoria do Senado.

Segundo o corregedor, Romeu Tuma (PFL-SP), Lamoglia confirmou que recebeu um envelope pardo da ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges após a cassação de Luiz Estevão.

O assessor confirmou, também, versão de Regina segundo a qual ele a teria tranquilizado dizendo que o documento chegaria a seu destino: o então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães.

Algumas horas antes, em plenário, Arruda havia dito que, após a cassação, Regina lhe telefonou e disse que tinha um papel para lhe entregar, mas que ele não sabia o que era.

Teria mandado o assessor buscar o documento, também sem informá-lo do conteúdo. Segundo Arruda, apenas quando abriu o envelope pardo ele viu que se tratava da lista com os votos dos senadores. E então, teria levado o papel a ACM.

A contradição entre Arruda e Lamoglia aparece aí. Se Arruda não sabia do que se tratava, o assessor não poderia ter dito à Regina que o documento seria entregue a ACM.

Lamoglia disse que só soube da existência da quebra de sigilo do painel eletrônico depois da publicação, pela revista "IstoÉ", da conversa de ACM com três procuradores da República, em que o pefelista faz menção à lista. Arruda teria, naquela ocasião, contado toda a história. Ele confirmou que, após a revelação de que o painel havia sido violado, encontrou-se com Regina para combinar o que fazer.

Lamoglia justificou a nota que divulgou negando participação no caso como uma prova de "lealdade" a Arruda. O assessor resistiu ao depoimento. Depois do discurso de Arruda, mandou ofício a Tuma dizendo que considerava inútil sua declaração.

Tuma telefonou a ele dizendo que teria de depor. O senador ouviu também o funcionário do Prodasen Nilson Rebello, ex-chefe de gabinete de Luiz Estevão. Ele disse que ouviu rumores no dia da cassação sobre a possibilidade de quebra do sigilo da votação. Teria alertado Luiz Estevão, que teria pedido ao então líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), que solicitasse que a votação fosse feita em cédulas.


  • Leia mais sobre a quebra de sigilo
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