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26/04/2001
-
03h34
WILSON SILVEIRA, da Folha de S.Paulo, em Brasília
O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) aguarda o depoimento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) para reavaliar a conveniência de renunciar ao mandato e evitar a cassação por quebra de decoro parlamentar. Se for cassado, Arruda ficará inelegível por dez anos.
Ontem, Arruda ironizou os rumores crescentes em Brasília de que iria renunciar. "Renunciei de novo", dizia ele aos advogados e assessores com os quais passou a tarde de ontem sempre que surgia uma informação nova sobre isso.
Segundo a Folha apurou, o ex-líder do governo no Senado foi aconselhado por amigos a renunciar para assegurar pelo menos a possibilidade de se candidatar a deputado nas próximas eleições, já que, a esta altura, são consideradas nulas suas chances numa disputa ao governo do DF -que era seu sonho.
Acusado de ter ordenado a violação do sigilo da votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), a pedido do senador Antonio Carlos Magalhães, Arruda dedicou-se ontem a preparar seu depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, marcado para amanhã.
No Senado, ganhou força a avaliação de que a situação de Arruda é insustentável, pelo fato de ele ter mentido duas vezes no plenário.
Muitos senadores dão como certa sua cassação e avaliam que a situação do senador Antonio Carlos Magalhães é menos grave.
Arruda decidiu não dar entrevistas para não complicar-se ainda mais. Aconselhado pelos advogados Cláudio Fruet e Carlos Caputo, preferiu esperar o depoimento de ACM, hoje à tarde, antes de se pronunciar novamente.
Em princípio, Arruda pretende manter a versão que apresentou ao plenário na última segunda-feira, segundo a qual foi incumbido por ACM de consultar a então diretora do Prodasen (Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado), Regina Borges, sobre a possibilidade de os votos no processo de cassação serem conhecidos.
Os senadores discutiam ontem se a renúncia de Arruda evitará a decretação de sua inelegibilidade por oito anos, a contar de dezembro de 2002, quando termina seu mandato. A renúncia de deputados e senadores não tem efeito se já tiver sido iniciado o processo de cassação.
O senador Jefferson Péres é um dos que acham que ele pode renunciar, pois não há processo formal de cassação. O Conselho de Ética deverá concluir na próxima semana a apuração das responsabilidades na violação do painel e então fará uma representação à Mesa Diretora, pedindo a abertura do processo de cassação, caso considere-a mais apropriada.
Arruda aguarda fala de pefelista para reavaliar ação
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O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) aguarda o depoimento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) para reavaliar a conveniência de renunciar ao mandato e evitar a cassação por quebra de decoro parlamentar. Se for cassado, Arruda ficará inelegível por dez anos.
Ontem, Arruda ironizou os rumores crescentes em Brasília de que iria renunciar. "Renunciei de novo", dizia ele aos advogados e assessores com os quais passou a tarde de ontem sempre que surgia uma informação nova sobre isso.
Segundo a Folha apurou, o ex-líder do governo no Senado foi aconselhado por amigos a renunciar para assegurar pelo menos a possibilidade de se candidatar a deputado nas próximas eleições, já que, a esta altura, são consideradas nulas suas chances numa disputa ao governo do DF -que era seu sonho.
Acusado de ter ordenado a violação do sigilo da votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), a pedido do senador Antonio Carlos Magalhães, Arruda dedicou-se ontem a preparar seu depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, marcado para amanhã.
No Senado, ganhou força a avaliação de que a situação de Arruda é insustentável, pelo fato de ele ter mentido duas vezes no plenário.
Muitos senadores dão como certa sua cassação e avaliam que a situação do senador Antonio Carlos Magalhães é menos grave.
Arruda decidiu não dar entrevistas para não complicar-se ainda mais. Aconselhado pelos advogados Cláudio Fruet e Carlos Caputo, preferiu esperar o depoimento de ACM, hoje à tarde, antes de se pronunciar novamente.
Em princípio, Arruda pretende manter a versão que apresentou ao plenário na última segunda-feira, segundo a qual foi incumbido por ACM de consultar a então diretora do Prodasen (Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado), Regina Borges, sobre a possibilidade de os votos no processo de cassação serem conhecidos.
Os senadores discutiam ontem se a renúncia de Arruda evitará a decretação de sua inelegibilidade por oito anos, a contar de dezembro de 2002, quando termina seu mandato. A renúncia de deputados e senadores não tem efeito se já tiver sido iniciado o processo de cassação.
O senador Jefferson Péres é um dos que acham que ele pode renunciar, pois não há processo formal de cassação. O Conselho de Ética deverá concluir na próxima semana a apuração das responsabilidades na violação do painel e então fará uma representação à Mesa Diretora, pedindo a abertura do processo de cassação, caso considere-a mais apropriada.
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