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27/04/2001
-
03h32
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Sentado no banco de réus do Conselho de Ética, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), 73, não convenceu a maioria dos seus pares de que é inocente na violação do painel do Senado. ACM repetiu que rasgou a lista com os votos, mas negou que a tivesse encomendado. "Não pedi nem direta nem indiretamente." Ao admitir que viu a lista, ACM viu-se na contingência de explicar duas faltas: 1) mentiu antes aos colegas, inclusive em discursos no plenário, ao negar a existência do documento; 2) tendo tomado conhecimento da violação do painel, deixou de tomar providências para apurar a fraude quando ainda presidia o Senado.
"Sou um homem sério. Tenho uma dignidade a zelar", retrucou ACM ao ser questionado por Antero Paes de Barros (PSDB-MT): "Vossa Excelência não prevaricou?". Segundo a sua versão, ACM mentiu e abafou o caso por "razões de Estado". Queria "preservar o Senado de um escândalo" e evitar que alguém tentasse anular a cassação de Estevão. Sente-se agora livre para dizer a "verdade" porque laudo técnico da Unicamp atesta que, embora violado, o painel não foi alterado.
Com a lista nas mãos, dividiu com José Roberto Arruda a leitura do papel. Pelo telefone, confortou Regina Célia Borges: "Não se preocupe. A senhora não tem culpa". Embora tenha sido ameno em relação ao comportamento de ambos, ACM atribuiu aos dois toda a responsabilidade pela fraude. Os senadores acharam que a descrição não é verossímil.
Restou a impressão de que o mandato de ACM continua sob ameaça.
ACM diz que mentiu, mas culpa Arruda e Regina pela fraude
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Sentado no banco de réus do Conselho de Ética, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), 73, não convenceu a maioria dos seus pares de que é inocente na violação do painel do Senado. ACM repetiu que rasgou a lista com os votos, mas negou que a tivesse encomendado. "Não pedi nem direta nem indiretamente." Ao admitir que viu a lista, ACM viu-se na contingência de explicar duas faltas: 1) mentiu antes aos colegas, inclusive em discursos no plenário, ao negar a existência do documento; 2) tendo tomado conhecimento da violação do painel, deixou de tomar providências para apurar a fraude quando ainda presidia o Senado.
"Sou um homem sério. Tenho uma dignidade a zelar", retrucou ACM ao ser questionado por Antero Paes de Barros (PSDB-MT): "Vossa Excelência não prevaricou?". Segundo a sua versão, ACM mentiu e abafou o caso por "razões de Estado". Queria "preservar o Senado de um escândalo" e evitar que alguém tentasse anular a cassação de Estevão. Sente-se agora livre para dizer a "verdade" porque laudo técnico da Unicamp atesta que, embora violado, o painel não foi alterado.
Com a lista nas mãos, dividiu com José Roberto Arruda a leitura do papel. Pelo telefone, confortou Regina Célia Borges: "Não se preocupe. A senhora não tem culpa". Embora tenha sido ameno em relação ao comportamento de ambos, ACM atribuiu aos dois toda a responsabilidade pela fraude. Os senadores acharam que a descrição não é verossímil.
Restou a impressão de que o mandato de ACM continua sob ameaça.
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