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27/04/2001 - 03h37

Petista critica ACM e cita trechos bíblicos

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da Folha de S.Paulo

Sentada na primeira fila da sala da CCJ onde o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) fez sua defesa na violação do sigilo do painel, a senadora petista Heloísa Helena (PT-AL) deu o tom das perguntas que o pefelista receberia de seus pares na tarde e na noite de ontem.

Emocionada e olhando fixamente para ACM enquanto falava, Heloísa Helena citou passagens bíblicas e sermões do padre Antônio Vieira para se dizer vítima "do homem mais poderoso do país", numa referência ao senador baiano.

"Com os últimos acontecimentos dessa Casa, ninguém mais pode falar em Deus nem em honra nem em nome dos filhos", disse a petista, numa referência aos discursos de José Roberto Arruda (sem-partido-DF) em que negou participação no episódio.

Disse que, apesar de ter dado sua palavra de que votou a favor da cassação de Luiz Estevão, foi desacreditada pela imprensa e por outros senadores. "A minha vida não valia, a minha trajetória não valia, a minha palavra não valia", discursou.

Heloísa Helena afirmou que as insinuações de que teria absolvido Luiz Estevão "significavam a sua [de ACM" vida contra a minha, com as extensas relações que Vossa Excelência tem no Brasil".

A senadora disse que o pefelista tem "poderosos instrumentos", como emissoras de TV e jornais, para se defender de calúnias, mas que ela não tem os mesmos meios. "Por isso é muito difícil para mim aguentar essa sessão", disse, com a voz embargada.

A petista afirmou que não acredita que ACM tenha rasgado a lista com os votos e exigiu que o senador apresentasse a relação. "Não posso e não aceito ficar refém da sua memória. Não posso aceitar a palavra de Vossa Excelência", disse.

Segundo ela, no mundo da "chantagem" e dos "grampos", "uma lista como essa é uma preciosidade que não se destrói".

O pefelista respondeu que não tem a lista. "Se tivesse também não poderia lhe dar, porque estaria cometendo um crime", completou ACM.
 

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