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27/04/2001
-
12h50
da Folha Online
O depoimento do senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) foi suspenso há pouco para que os congressistas fizessem um lanche. Arruda está depondo há três horas no Conselho de Ética do Senado.
Até agora, ele negou que tenha pedido uma lista com os votos dos senadores à ex-diretora do Prodasen Regina Borges e que fez apenas uma consulta sobre a confiabilidade do painel.
Regina, segundo Arruda, interpretou mal a dúvida levantada por ele. Arruda confirmou no depoimento que falou com ela em nome do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Em depoimento realizado ontem, ACM diz que nunca autorizou ninguém a fazer qualquer pedido ou consulta em seu nome.
Arruda confirmou que a conversa com Regina ocorreu em sua casa, mas não recorda a data. Segundo a ex-diretora do Prodasen, a ligação ocorreu no dia 27 de junho de 2000, véspera da sessão secreta que cassou o mandato de Luiz Estevão.
Em seu primeiro discurso na tribuna do Senado sobre o assunto, Arruda negou que tenha se encontrado com Regina nesta data e chegou a apresentou um dossiê com fotos e declarações de sua agenda naquela noite.
Telefonema
Arruda apresentou uma versão diferente da feita ontem por ACM sobre o telefonema feito a Regina na noite do dia 28 de junho do ano passado. Segundo Arruda, o telefonema de ACM foi de agradecimento pela votação "ter se dado de maneira correta, pelo sistema não ter apresentado falhas durante a votação".
Arruda tenta minimizar a gravidade do episódio que quebrou o sigilo de votação. Ele chegou a dizer que seu "crime" seria a violação do Regimento Interno do Senado. "Foi uma ato anti-regimental."
O senador tentou levar a discussão para outro lado e levantou a possibilidade de também ser quebra de sigilo o fato de senadores, em votações secretas com cédulas, mostrarem como estão votando para fotógrafos com quem tinham combinado previamente, no episódio de eleição do presidente do Senado que também é feito com votação secreta.
O senador José Eduardo Dutra (PT-SE) disse que os argumentos do jurista são ridículos: "Isso é missa encomendada", disse o senador.
Leia mais sobre a quebra de sigilo
Depoimento de Arruda é suspenso para almoço
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O depoimento do senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) foi suspenso há pouco para que os congressistas fizessem um lanche. Arruda está depondo há três horas no Conselho de Ética do Senado.
Até agora, ele negou que tenha pedido uma lista com os votos dos senadores à ex-diretora do Prodasen Regina Borges e que fez apenas uma consulta sobre a confiabilidade do painel.
Regina, segundo Arruda, interpretou mal a dúvida levantada por ele. Arruda confirmou no depoimento que falou com ela em nome do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Em depoimento realizado ontem, ACM diz que nunca autorizou ninguém a fazer qualquer pedido ou consulta em seu nome.
Arruda confirmou que a conversa com Regina ocorreu em sua casa, mas não recorda a data. Segundo a ex-diretora do Prodasen, a ligação ocorreu no dia 27 de junho de 2000, véspera da sessão secreta que cassou o mandato de Luiz Estevão.
Em seu primeiro discurso na tribuna do Senado sobre o assunto, Arruda negou que tenha se encontrado com Regina nesta data e chegou a apresentou um dossiê com fotos e declarações de sua agenda naquela noite.
Telefonema
Arruda apresentou uma versão diferente da feita ontem por ACM sobre o telefonema feito a Regina na noite do dia 28 de junho do ano passado. Segundo Arruda, o telefonema de ACM foi de agradecimento pela votação "ter se dado de maneira correta, pelo sistema não ter apresentado falhas durante a votação".
Arruda tenta minimizar a gravidade do episódio que quebrou o sigilo de votação. Ele chegou a dizer que seu "crime" seria a violação do Regimento Interno do Senado. "Foi uma ato anti-regimental."
O senador tentou levar a discussão para outro lado e levantou a possibilidade de também ser quebra de sigilo o fato de senadores, em votações secretas com cédulas, mostrarem como estão votando para fotógrafos com quem tinham combinado previamente, no episódio de eleição do presidente do Senado que também é feito com votação secreta.
O senador José Eduardo Dutra (PT-SE) disse que os argumentos do jurista são ridículos: "Isso é missa encomendada", disse o senador.
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