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30/04/2001 - 18h44

"Sem cassação, Congresso ficará manchado", diz Olívio Dutra

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

O governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT), defendeu hoje a cassação dos mandatos dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), José Roberto Arruda (sem partido-DF) e Jader Barbalho (PMDB-PA), sob pena de o Congresso ficar "manchado" e de a democracia brasileira ser comprometida.

"Ou Congresso, e em particular o Senado, se reabilitam como instituições, ou eles saem, na importância que têm, manchados, o que não é bom para a democracia. Não é bom para a democracia que se acomodem interesses e que o Congresso e o Senado não cassem no mínimo essas três figuras", disse o governador.

"Há bem pouco, estava-se também montando um esquema para não aceitar a CPI da corrupção. Houve um esforço grande da oposição, respondendo a um anseio popular, para o alcance das assinaturas suficientes. É uma vitória da consciência da cidadania brasileira contra a vontade do Executivo federal."

Watergate

O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), classificou o escândalo referente à violação do painel do Senado como "uma conspiração maior que a de Watergate, que foi uma simples invasão de um escritório político".

O caso Watergate foi a espionagem promovida pelo presidente dos Estados Unidos Richard Nixon a escritório do partido rival, o Democrata.

"Nas circunstâncias atuais, o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso deveria exigir a instalação da CPI da corrupção, para tornar mais fortes as instituições republicanas no Brasil, que estão dando demonstração de muito vigor. Caso contrário, ele ficará sob suspeição. A emergência desses fatos mostra que nossas instituições democráticas são fortes e é saudável que a apuração de tudo ocorra rapidamente", disse o prefeito de Porto Alegre.
 

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