Publicidade
Publicidade
01/05/2001
-
20h18
da Folha de S.Paulo
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) teme que a acareação entre ele, o senador José Roberto Arruda (sem partido, ex-PSDB-DF) e a ex-diretora do Prodasen Regina Borges, marcada para quinta, seja transformada em um ''espetáculo circense''.
Não é o único. A acareação tem tirado o sono dos protagonistas do evento.
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Ramez Tebet (PMDB-MS), diverge do corregedor, Romeu Tuma (PFL-SP), sobre os procedimentos a serem adotados.
ACM viajou hoje de Salvador a São Paulo para se encontrar com seus advogados e montar a estratégia para o confronto de quinta, que é inédito no Senado.
''O importante é que não queiram fazer [da acareação] um espetáculo circense. O conselho é sério. Espero que não vire uma esculhambação. Mas aceito o jogo que eles [os integrantes do conselho] fizerem'', disse o baiano.
Arruda também tem reunião marcada para amanhã com seus advogados para tentar esclarecer dúvidas sobre os procedimentos da acareação. Uma delas é se os depoentes poderão fazer perguntas entre si ou não.
ACM e Arruda têm afirmado que irão manter suas versões anteriores. 'Não menti. Não vou mudar nada do que disse. Vou falar a verdade, como falei no meu depoimento [ao conselho]'', disse ACM, hoje. Para o líder da oposição, José Eduardo Dutra (PT-SE), os dois senadores tentarão intimidar Regina, mas ela levará vantagem 'porque tem a versão mais verossímil''.
Arruda passou os últimos dias em uma chácara próxima de Brasília com sua mulher, a atriz Marianne Vicentine. A assessores, negou que irá renunciar ao mandato antes da acareação.
Nunca um senador participou de uma acareação, prática comum em investigações policiais, que também foi utilizada pela CPI do Narcotráfico da Câmara dos Deputados. O Conselho de Ética vai realizar a acareação para esclarecer contradições entre as versões dadas por ACM, Arruda e Regina para a violação do painel de votações do Senado.
Divergências
Ramez Tebet, que estava em Mato Grosso do Sul, antecipou para hoje sua volta a Brasília para fazer ''consultas informais'' a colegas e juristas para definir os procedimentos da acareação. ''Isso é muito sério para virar circo.''
Ao contrário de Tebet, Romeu Tuma defende que os três não sejam colocados juntos. Segundo ele, tem de ser, separadamente, Arruda com Regina, ACM com Regina e ACM com Arruda.
''A acareação tem um aspecto psicológico forte: colocando um em frente ao outro é possível sentir quem está com a verdade. A pessoa que está mentindo se desequilibra. Colocando os três ao mesmo tempo, pode virar uma mesa redonda'', disse Tuma. Para Tebet, se a acareação for de dois em dois, ''não vai acabar nunca''.
Para ACM, acareação pode virar "espetáculo circense"
Publicidade
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) teme que a acareação entre ele, o senador José Roberto Arruda (sem partido, ex-PSDB-DF) e a ex-diretora do Prodasen Regina Borges, marcada para quinta, seja transformada em um ''espetáculo circense''.
Não é o único. A acareação tem tirado o sono dos protagonistas do evento.
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Ramez Tebet (PMDB-MS), diverge do corregedor, Romeu Tuma (PFL-SP), sobre os procedimentos a serem adotados.
ACM viajou hoje de Salvador a São Paulo para se encontrar com seus advogados e montar a estratégia para o confronto de quinta, que é inédito no Senado.
''O importante é que não queiram fazer [da acareação] um espetáculo circense. O conselho é sério. Espero que não vire uma esculhambação. Mas aceito o jogo que eles [os integrantes do conselho] fizerem'', disse o baiano.
Arruda também tem reunião marcada para amanhã com seus advogados para tentar esclarecer dúvidas sobre os procedimentos da acareação. Uma delas é se os depoentes poderão fazer perguntas entre si ou não.
ACM e Arruda têm afirmado que irão manter suas versões anteriores. 'Não menti. Não vou mudar nada do que disse. Vou falar a verdade, como falei no meu depoimento [ao conselho]'', disse ACM, hoje. Para o líder da oposição, José Eduardo Dutra (PT-SE), os dois senadores tentarão intimidar Regina, mas ela levará vantagem 'porque tem a versão mais verossímil''.
Arruda passou os últimos dias em uma chácara próxima de Brasília com sua mulher, a atriz Marianne Vicentine. A assessores, negou que irá renunciar ao mandato antes da acareação.
Nunca um senador participou de uma acareação, prática comum em investigações policiais, que também foi utilizada pela CPI do Narcotráfico da Câmara dos Deputados. O Conselho de Ética vai realizar a acareação para esclarecer contradições entre as versões dadas por ACM, Arruda e Regina para a violação do painel de votações do Senado.
Divergências
Ramez Tebet, que estava em Mato Grosso do Sul, antecipou para hoje sua volta a Brasília para fazer ''consultas informais'' a colegas e juristas para definir os procedimentos da acareação. ''Isso é muito sério para virar circo.''
Ao contrário de Tebet, Romeu Tuma defende que os três não sejam colocados juntos. Segundo ele, tem de ser, separadamente, Arruda com Regina, ACM com Regina e ACM com Arruda.
''A acareação tem um aspecto psicológico forte: colocando um em frente ao outro é possível sentir quem está com a verdade. A pessoa que está mentindo se desequilibra. Colocando os três ao mesmo tempo, pode virar uma mesa redonda'', disse Tuma. Para Tebet, se a acareação for de dois em dois, ''não vai acabar nunca''.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice