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03/05/2001
-
00h01
da Folha Online
O Senado brasileiro faz nesta sexta-feira uma sessão histórica. Coloca dois senadores (Antonio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda) e uma funcionária da Casa, a ex-diretora do Prodasen Regina Borges, frente à frente a partir das 14h30.
A intenção é acabar com as contradições entre os depoimentos dos três, e descobrir quem está mentido sobre o caso da quebra do sigilo de votação do painel do Senado.
E são várias as contradições. Arruda (sem partido-DF) diz que pediu, em nome de ACM, que Regina checasse se era possível violar o segredo do painel.
Regina diz que o pedido, ou ordem, foi para que ela quebrasse o sigilo e extraísse do painel uma listagem de como votaram os senadores na sessão que cassou Luiz Estevão, em junho do ano passado.
Já ACM (PFL-BA) afirma que nunca pediu nada e que seu nome foi usado em vão. Há ainda outras tantas contradições (clique aqui para ver a versão de cada um para diversos fatos).
Mas, devido à maneira em que será feita a acareação, muitas dúvidas devem continuar no ar. Isso porque o presidente da Comissão de Ética e Decoro do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) não quer que a acareação se transforme em um outro depoimento, mas que apenas sejam questionados sobre divergências.
Para evitar bate-boca entre os três participantes, será proibido que façam perguntas diretamente um ao outro ou que retruquem respostas alheias sem intermédio do presidente ou do relator, o senador Saturnino Braga (PSB-RJ).
Tebet fez também um apelo aos senadores para que não se alonguem muito nas perguntas.
ACM já disse que está preparado para a acareação e que dará "um banho". "Vai ficar patente que não dei ordem nenhuma à doutora Regina", ele disse.
Relator
Após a acareação, será a vez de Saturnino Braga preparar seu relatório, que será analisado pela comissão. Ele deve demorar dez dias para preparar o relatório.
Se o relatório pedir a cassação e for aprovado pela comissão, poderá então ser aberto um processo de cassação de Arruda e ACM.
Se qualquer um dos dois renunciar antes de aberto o processo, garantem a manutenção de seus direitos políticos. Se o processo for aberto e eles perderem o mandato, ficam inelegíveis por oito anos.
Acareação pode dar pontapé em processo de cassação
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O Senado brasileiro faz nesta sexta-feira uma sessão histórica. Coloca dois senadores (Antonio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda) e uma funcionária da Casa, a ex-diretora do Prodasen Regina Borges, frente à frente a partir das 14h30.
A intenção é acabar com as contradições entre os depoimentos dos três, e descobrir quem está mentido sobre o caso da quebra do sigilo de votação do painel do Senado.
E são várias as contradições. Arruda (sem partido-DF) diz que pediu, em nome de ACM, que Regina checasse se era possível violar o segredo do painel.
Regina diz que o pedido, ou ordem, foi para que ela quebrasse o sigilo e extraísse do painel uma listagem de como votaram os senadores na sessão que cassou Luiz Estevão, em junho do ano passado.
Já ACM (PFL-BA) afirma que nunca pediu nada e que seu nome foi usado em vão. Há ainda outras tantas contradições (clique aqui para ver a versão de cada um para diversos fatos).
Mas, devido à maneira em que será feita a acareação, muitas dúvidas devem continuar no ar. Isso porque o presidente da Comissão de Ética e Decoro do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) não quer que a acareação se transforme em um outro depoimento, mas que apenas sejam questionados sobre divergências.
Para evitar bate-boca entre os três participantes, será proibido que façam perguntas diretamente um ao outro ou que retruquem respostas alheias sem intermédio do presidente ou do relator, o senador Saturnino Braga (PSB-RJ).
Tebet fez também um apelo aos senadores para que não se alonguem muito nas perguntas.
ACM já disse que está preparado para a acareação e que dará "um banho". "Vai ficar patente que não dei ordem nenhuma à doutora Regina", ele disse.
Relator
Após a acareação, será a vez de Saturnino Braga preparar seu relatório, que será analisado pela comissão. Ele deve demorar dez dias para preparar o relatório.
Se o relatório pedir a cassação e for aprovado pela comissão, poderá então ser aberto um processo de cassação de Arruda e ACM.
Se qualquer um dos dois renunciar antes de aberto o processo, garantem a manutenção de seus direitos políticos. Se o processo for aberto e eles perderem o mandato, ficam inelegíveis por oito anos.
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