Publicidade
Publicidade
03/05/2001
-
03h32
FERNANDO RODRIGUES, da Folha de S.Paulo, em Brasília
Dentro do alto grau de imprevisibilidade da atual crise, há ao menos quatro cenários mais comentados dentro do Congresso sobre o possível desfecho do caso.
Nenhum deles é dado como mais provável. A acareação deve definir a probabilidade maior de um deles. A seguir, a relação dos cenários possíveis.
1) Cassação dupla - Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF) manteriam suas versões contraditórias, desgastariam-se ainda mais e acabariam cassados.
Embora se diga no Senado que o caso ruma para a cassação, poucos senadores têm segurança sobre se esse será o desfecho.
2) Suspensão - é considerada uma saída que não satisfaz a opinião pública. Ficaria a impressão de que a Casa agiu de forma corporativa. Se vingar, seria uma suspensão temporária dos mandatos, por seis meses.
3) Acordo - são variadas hipóteses veiculadas para o tal acordo que livraria ACM e Arruda. Não há informação precisa a respeito. Há um cenário mais recorrente nos corredores do Senado: na última hora, percebendo que ambos poderiam mesmo ser cassados, apenas Arruda renunciaria.
A eventual renúncia do ex-líder do governo a ACM a chance de receber uma pena mais branda -os senadores argumentariam que Arruda, ao deixar espontaneamente o Senado, teria assumido a culpa maior;
4) Renúncia dupla - ambos, ACM e Arruda, não se entendem e renunciam na última hora para evitar a cassação. Assim, manteriam seus direitos políticos.
Para Arruda seria a chance de talvez voltar ao Congresso como deputado federal na eleição do ano que vem.
Já a renúncia de ACM seria um pouco mais elaborada. O baiano obrigaria também seus dois suplentes (um deles é seu filho, ACM Júnior) a renunciar. Haveria então uma nova eleição para a vaga, que seria preenchida nos próximos meses.
O senador seria candidato com o bordão "quiseram cassar a Bahia". Acha que seria reeleito e voltaria ao Senado antes do final deste ano.
Senso comum
Embora ninguém se arrisque a afirmar com segurança qual será o desfecho da crise, há algumas premissas repetidas por quase todos os senadores.
Por exemplo, é quase um consenso no Senado a inviabilidade de impor penas diferenciadas para ACM e Arruda. A punição que um receber o outro também terá.
Outro consenso: é impossível não deixar de aplicar alguma punição. Ou seja, no mínimo haverá suspensão de mandatos.
Há ao menos 4 desfechos possíveis para o "caso do painel"
Publicidade
Dentro do alto grau de imprevisibilidade da atual crise, há ao menos quatro cenários mais comentados dentro do Congresso sobre o possível desfecho do caso.
Nenhum deles é dado como mais provável. A acareação deve definir a probabilidade maior de um deles. A seguir, a relação dos cenários possíveis.
1) Cassação dupla - Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF) manteriam suas versões contraditórias, desgastariam-se ainda mais e acabariam cassados.
Embora se diga no Senado que o caso ruma para a cassação, poucos senadores têm segurança sobre se esse será o desfecho.
2) Suspensão - é considerada uma saída que não satisfaz a opinião pública. Ficaria a impressão de que a Casa agiu de forma corporativa. Se vingar, seria uma suspensão temporária dos mandatos, por seis meses.
3) Acordo - são variadas hipóteses veiculadas para o tal acordo que livraria ACM e Arruda. Não há informação precisa a respeito. Há um cenário mais recorrente nos corredores do Senado: na última hora, percebendo que ambos poderiam mesmo ser cassados, apenas Arruda renunciaria.
A eventual renúncia do ex-líder do governo a ACM a chance de receber uma pena mais branda -os senadores argumentariam que Arruda, ao deixar espontaneamente o Senado, teria assumido a culpa maior;
4) Renúncia dupla - ambos, ACM e Arruda, não se entendem e renunciam na última hora para evitar a cassação. Assim, manteriam seus direitos políticos.
Para Arruda seria a chance de talvez voltar ao Congresso como deputado federal na eleição do ano que vem.
Já a renúncia de ACM seria um pouco mais elaborada. O baiano obrigaria também seus dois suplentes (um deles é seu filho, ACM Júnior) a renunciar. Haveria então uma nova eleição para a vaga, que seria preenchida nos próximos meses.
O senador seria candidato com o bordão "quiseram cassar a Bahia". Acha que seria reeleito e voltaria ao Senado antes do final deste ano.
Senso comum
Embora ninguém se arrisque a afirmar com segurança qual será o desfecho da crise, há algumas premissas repetidas por quase todos os senadores.
Por exemplo, é quase um consenso no Senado a inviabilidade de impor penas diferenciadas para ACM e Arruda. A punição que um receber o outro também terá.
Outro consenso: é impossível não deixar de aplicar alguma punição. Ou seja, no mínimo haverá suspensão de mandatos.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice