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03/05/2001 - 03h39

Ex-tucano diz estar "mais aliviado agora"

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) diz estar "mais aliviado agora, que o episódio [a violação do painel do Senado" está ganhando sua real dimensão".

Para ele, "as pessoas de bom senso estão entendendo que a pena tem de ser proporcional à culpa", e, assim, não haveria mais clima pró-cassação. "Num primeiro momento, as pessoas foram levadas por uma sanha, mas agora estão caindo na real".

"O tempo é o senhor da razão", afirmou, repetindo frase dita pelo então presidente Fernando Collor (90-92) quando sofria denúncias de corrupção que levaram ao processo de impeachment.

Ao contrário do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Arruda evitou a imprensa no final de semana prolongado e não foi ao Senado. Só deu entrevistas ontem à noite, depois de um dia inteiro com seus advogados.

Questionado se admitia punição diferente da de ACM, respondeu: "Somos elos de uma mesma corrente. Os três", afirmou, referindo- se também à ex-diretora do Prodasen Regina Borges.

Na versão de Arruda, ele apenas consultou Regina (a pedido de ACM) sobre a possibilidade de os votos secretos serem conhecidos e ela se precipitou, violando o sigilo da votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF).

"Tudo na vida tem uma dose. O remédio dado em dose exagerada mata", afirmou o senador. "Falei toda a verdade. Isso dá uma tranquilidade muito grande".

Questionado se temia o confronto com ACM, afirmou: "Não temo nada. Estou com a verdade. Não vou fazer teatro. Tudo o que eu disse no meu discurso é a expressão da verdade". Segundo ele, "há cada vez mais convergências" entre sua versão e a de ACM.

Arruda disse que não se sente isolado: "Meus companheiros do PSDB têm sido muito solidários comigo. Aquela provocação [o pedido de expulsão do partido] partiu de deputados, por questões absolutamente regionais". Ele diz ter recebido ligações de apoio da maioria dos senadores tucanos.

O senador reafirmou que o motivo da violação do painel eletrônico do Senado foi o desejo de garantir a segurança da votação do processo de cassação de Estevão.
(RAQUEL ULHÔA e WILSON SILVEIRA)
 

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