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03/05/2001
-
03h39
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) usou sua condição de titular do Conselho de Ética do Senado em benefício próprio, para tentar sustar as investigações sobre a violação do painel eletrônico do Senado.
Em março, quando ainda não havia sido divulgada a participação do ex-líder do governo no episódio, Arruda procurou os demais membros do PSDB no conselho para pedir que rejeitassem um requerimento do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) para que fossem ouvidos os procuradores da República Guilherme Schelb e Eliana Torelly.
Os dois participaram, juntamente com o procurador Luiz Francisco de Souza, da conversa em que Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse ter tido acesso à lista com os votos da cassação de Luiz Estevão.
O conselho esperava esclarecer se ACM havia mencionado a existência da lista, como demonstrava a gravação da conversa.
Arruda procurou Antero -que, na ocasião, era suplente no conselho- para dizer que esperava sua compreensão para derrubar o requerimento. O então líder do governo teria dito que já estava provado que a acusação contra ACM não era verdadeira e que, portanto, os depoimentos eram desnecessários.
Apesar do pedido de Arruda, os demais tucanos no conselho -Lúcio Alcântara (CE) e Osmar Dias (PR)- votaram a favor da convocação dos
procuradores.
"Só agora entendo que ele estava falando em interesse próprio. Se o
requerimento tivesse sido rejeitado, a investigação poderia ter morrido ali, sem que se soubesse a verdade", diz Antero, que depois substituiu Arruda no conselho, devido ao impedimento do ex-tucano de votar num processo no qual está envolvido.
(VERA MAGALHÃES)
Arruda usou sua vaga no conselho para tentar sustar investigações
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O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) usou sua condição de titular do Conselho de Ética do Senado em benefício próprio, para tentar sustar as investigações sobre a violação do painel eletrônico do Senado.
Em março, quando ainda não havia sido divulgada a participação do ex-líder do governo no episódio, Arruda procurou os demais membros do PSDB no conselho para pedir que rejeitassem um requerimento do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) para que fossem ouvidos os procuradores da República Guilherme Schelb e Eliana Torelly.
Os dois participaram, juntamente com o procurador Luiz Francisco de Souza, da conversa em que Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse ter tido acesso à lista com os votos da cassação de Luiz Estevão.
O conselho esperava esclarecer se ACM havia mencionado a existência da lista, como demonstrava a gravação da conversa.
Arruda procurou Antero -que, na ocasião, era suplente no conselho- para dizer que esperava sua compreensão para derrubar o requerimento. O então líder do governo teria dito que já estava provado que a acusação contra ACM não era verdadeira e que, portanto, os depoimentos eram desnecessários.
Apesar do pedido de Arruda, os demais tucanos no conselho -Lúcio Alcântara (CE) e Osmar Dias (PR)- votaram a favor da convocação dos
procuradores.
"Só agora entendo que ele estava falando em interesse próprio. Se o
requerimento tivesse sido rejeitado, a investigação poderia ter morrido ali, sem que se soubesse a verdade", diz Antero, que depois substituiu Arruda no conselho, devido ao impedimento do ex-tucano de votar num processo no qual está envolvido.
(VERA MAGALHÃES)
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