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17/06/2000
-
17h27
LÚCIA CALASSO
da Folha Online
O deputado estadual Paulo Teixeira acredita que irá derrotar o deputado
federal Arlindo Chinaglia durante convenção do PT no domingo (18), quando será escolhido o vice-prefeito na chapa de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo. "Os apoios que estou tendo indicam que vou ganhar. Este é o prognóstico que faço e estou confiante", diz Teixeira.
Na quinta-feira passada, o deputado estadual conseguiu fortalecer seu nome ao posto depois que recebeu o apoio oficial da Articulação, ala interna do PT.
Mas a vitória de Teixeira não está garantida. Chinaglia, que já foi da
ala mais radical do partido e hoje conta com a simpatia de diversas facções internas, conta com apoio de 45% dos 740 delegados do PT, segundo apurou a Folha de S. Paulo.
O deputado federal rebate o prognóstico feito por Teixeira e diz que é
"sorte dele" pensar que será o ganhador Chinaglia afirma que o apoio da
Articulação não define o vencedor do domingo. "A escolha só ficou mais
disputada."
A disputa interna no PT pela vice-prefeitura poderia ter sido evitada caso José Dirceu ou o educador Mario Sergio Cortella tivessem aceitado de
imediato o lugar na chapa petista.
A própria Marta Suplicy queria que seu vice fosse José Dirceu. No entanto, ele preferiu dedicar-se apenas à presidência do partido. Com isso, a candidata deixou para o PT a responsabilidade de escolher o vice. "Eu teria uma preferência que seria o José Dirceu, no momento que ele não quis ser, a pessoa que o partido escolher eu vou trabalhar com muito companheirismo e entusiasmo", disse Marta.
Dilema Antigo
A escolha do candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta
Suplicy repete o dilema vivido pelo Partido dos Trabalhadores durante a
campanha à prefeitura paulistana passada.
Em 1996, quando Luiza Erundina concorria à prefeitura pelo PT, a escolha do vice foi definida depois de muitas dúvidas e brigas internas.
Depois de vencer uma disputa acirrada com o Aloísio Mercadante para ver quem seria o candidato petista à prefeitura, Erundina passou a ter problemas com a escolha do vice. Convidou Eduardo Suplicy, Luiz Gushiken e Oded Grajew. Todos recusaram.
Erundina ainda não se entusiasmou com o nome de Marta Suplicy _hoje sua
rival_ e Rui Falcão, o único que havia mostrado intenção de ser candidato a vice.
A solução encontrada para o impasse foi convidar o próprio Mercadante para a vice-prefeitura. O deputado decidiu aceitar o convite depois da pressão das lideranças do partido que avaliaram que só ele poderia evitar que a briga pela vice se transformasse em uma luta interna no PT.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
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Em disputa acirrada, PT define seu vice no domingo
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da Folha Online
O deputado estadual Paulo Teixeira acredita que irá derrotar o deputado
federal Arlindo Chinaglia durante convenção do PT no domingo (18), quando será escolhido o vice-prefeito na chapa de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo. "Os apoios que estou tendo indicam que vou ganhar. Este é o prognóstico que faço e estou confiante", diz Teixeira.
Na quinta-feira passada, o deputado estadual conseguiu fortalecer seu nome ao posto depois que recebeu o apoio oficial da Articulação, ala interna do PT.
Mas a vitória de Teixeira não está garantida. Chinaglia, que já foi da
ala mais radical do partido e hoje conta com a simpatia de diversas facções internas, conta com apoio de 45% dos 740 delegados do PT, segundo apurou a Folha de S. Paulo.
O deputado federal rebate o prognóstico feito por Teixeira e diz que é
"sorte dele" pensar que será o ganhador Chinaglia afirma que o apoio da
Articulação não define o vencedor do domingo. "A escolha só ficou mais
disputada."
A disputa interna no PT pela vice-prefeitura poderia ter sido evitada caso José Dirceu ou o educador Mario Sergio Cortella tivessem aceitado de
imediato o lugar na chapa petista.
A própria Marta Suplicy queria que seu vice fosse José Dirceu. No entanto, ele preferiu dedicar-se apenas à presidência do partido. Com isso, a candidata deixou para o PT a responsabilidade de escolher o vice. "Eu teria uma preferência que seria o José Dirceu, no momento que ele não quis ser, a pessoa que o partido escolher eu vou trabalhar com muito companheirismo e entusiasmo", disse Marta.
Dilema Antigo
A escolha do candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta
Suplicy repete o dilema vivido pelo Partido dos Trabalhadores durante a
campanha à prefeitura paulistana passada.
Em 1996, quando Luiza Erundina concorria à prefeitura pelo PT, a escolha do vice foi definida depois de muitas dúvidas e brigas internas.
Depois de vencer uma disputa acirrada com o Aloísio Mercadante para ver quem seria o candidato petista à prefeitura, Erundina passou a ter problemas com a escolha do vice. Convidou Eduardo Suplicy, Luiz Gushiken e Oded Grajew. Todos recusaram.
Erundina ainda não se entusiasmou com o nome de Marta Suplicy _hoje sua
rival_ e Rui Falcão, o único que havia mostrado intenção de ser candidato a vice.
A solução encontrada para o impasse foi convidar o próprio Mercadante para a vice-prefeitura. O deputado decidiu aceitar o convite depois da pressão das lideranças do partido que avaliaram que só ele poderia evitar que a briga pela vice se transformasse em uma luta interna no PT.
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