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12/05/2001 - 03h20

PSDB e parte do PMDB reagem a acordo pró-ACM

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da Folha de S.Paulo

O PSDB, parte da cúpula do PMDB e o governo reagiram contra eventual acordo para salvar o mandato de Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) em troca da retirada do apoio de cinco deputados carlistas à CPI da corrupção.

Inimigos de ACM na Bahia, os líderes do PMDB e do PSDB na Câmara, Geddel Vieira Lima e Jutahy Magalhães Jr., foram os mais duros porque são diretamente interessados na cassação.

No entanto, o líder do governo no Congresso, Arthur Virgílio (PSDB-AM), e o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), também descartaram o suposto acordão.

"Sem a CPI, aumenta a pressão pela cassação de ACM. O país quer punição. Ninguém melhor do que ACM simboliza a falta de ética", afirmou Jutahy.
"Se alguém da cúpula do PMDB defender acordo, denuncio publicamente. Se for preciso, renuncio à liderança do partido [na Câmara]. Brigo com quem tiver de brigar", disse Geddel.

O presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), tenta salvar ACM e não quer pressão do Planalto para cassar o pefelista baiano.

O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), teriam simpatia pelo acordão.
"Não há acordão", afirmou Aécio Neves.

Para Aécio e Geddel, além da discordância de dirigentes governistas, a pressão da opinião pública e da mídia inviabilizaria o suposto acordo.
Arthur Virgílio disse que o governo "não tem compromisso" de socorrer ACM.

O senador pefelista e ex-presidente do Senado é acusado de violar o sigilo do painel de votação do Senado na sessão que cassou o mandato de Luiz Estevão (PMDB-DF), no ano passado.

"O ACM só mandou os cinco deputados dele retirarem a assinatura quando viu que nós derrotaríamos a oposição. Fez isso de desespero e para não deixar mal o partido dele, o PFL. O governo não precisava de ACM para enterrar a CPI", disse Geddel.

Pelo suposto entendimento, ACM teria o mandato suspenso por 90 dias.
O ex-tucano José Roberto Arruda (sem partido-DF) também acusado no episódio, receberia 180 dias de suspensão.

Na avaliação do governo, a opinião pública interpretará negativamente o abafamento da CPI. Esse sentimento, crê o Planalto, será negativo para ACM.
(KENNEDY ALENCAR)
 

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