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12/05/2001
-
03h23
DENISE MADUEÑO
LUIZA DAMÉ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo contou com o PFL, o PMDB e com negociações individuais para acabar com a CPI da corrupção. Dos 20 deputados que recuaram e retiraram suas assinaturas, um quarto seguiu a determinação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Carlistas fiéis, os deputados assinaram e retiraram os apoios de acordo com interesses de ACM. São eles: Ariston Andrade (PFL), Eujácio Simões (PL), Luiz Moreira (PFL), Paulo Magalhães (PFL), sobrinho de ACM, e Ursicino Queiroz (PFL), todos da Bahia.
A atuação do ministro Francisco Dornelles (Trabalho), que chegou a se afastar do cargo temporariamente, e do assessor especial da Presidência Moreira Franco provocou uma das maiores surpresas da lista: o deputado de oposição Cornélio Ribeiro (RJ). Em consequência, foi expulso ontem de
seu partido, o PSB.
Além de Ribeiro, eles conseguiram o recuo do deputado Luisinho (PST-RJ). No Rio, foi acionado o prefeito César Maia (PTB), que forçou a retirada da assinatura do deputado suplente José Egydio (PL), com a ameaça de mandar de volta o titular, o secretário municipal Eduardo Paes.
"Cada partido fez o seu acerto interno", afirmou o deputado Ricardo Barros (PPB-PR), vice-líder do governo na Câmara. Em São Paulo, por exemplo, pesou o arranjo regional em torno da presidência do diretório.
O resultado mostrou a atuação do deputado Michel Temer (PMDB-SP), ex-presidente da Câmara e um dos nomes cotados para assumir cargo no primeiro escalão do governo. Dois deputados do PMDB de São Paulo recuaram: João Eduardo Dado e José Índio.
O triunfo do governo se deveu também à negociação por interesses individuais. Foi o caso dos deputados do bloco PL/PSL Oliveira Filho (PL-RJ), José Aleksandro (PSL-AC), Luciano Bivar (PSL-PE), Robério Araújo (PL-RR).
O mesmo aconteceu com os deputados Augusto Nardes (PPB-RS), Dino Fernandes (PSDB-RJ), Josué Bengtson (PTB-PA), Osvaldo Biolchi (PMDB-RS), Osvaldo Reis (PMDB-TO) e Paulo Marinho (PFL-MA).
A pressão do governo não teve efeito na bancada do PMDB de Goiás, que agora corre o risco de perder a vaga ocupada pelo ministro Ovídio de Ângelis (Desenvolvimento Urbano). Os deputados goianos Euler Moraes e Geovan Freitas não recuaram.
Governistas avaliaram que o PT facilitou a atuação do Palácio do Planalto. Segundo Ricardo Barros, o PT achou que poderia conduzir sozinho o processo, deixando os demais partidos de oposição desconfortáveis.
Nas duas últimas semanas, ficou evidente a divergência entre os partidos de oposição. Havia discordância quanto à divulgação das assinaturas, à data de entrega do requerimento e à realização da sessão para a leitura do pedido.
Dos 20deputados, 5 seguiram senador baiano
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LUIZA DAMÉ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo contou com o PFL, o PMDB e com negociações individuais para acabar com a CPI da corrupção. Dos 20 deputados que recuaram e retiraram suas assinaturas, um quarto seguiu a determinação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Carlistas fiéis, os deputados assinaram e retiraram os apoios de acordo com interesses de ACM. São eles: Ariston Andrade (PFL), Eujácio Simões (PL), Luiz Moreira (PFL), Paulo Magalhães (PFL), sobrinho de ACM, e Ursicino Queiroz (PFL), todos da Bahia.
A atuação do ministro Francisco Dornelles (Trabalho), que chegou a se afastar do cargo temporariamente, e do assessor especial da Presidência Moreira Franco provocou uma das maiores surpresas da lista: o deputado de oposição Cornélio Ribeiro (RJ). Em consequência, foi expulso ontem de
seu partido, o PSB.
Além de Ribeiro, eles conseguiram o recuo do deputado Luisinho (PST-RJ). No Rio, foi acionado o prefeito César Maia (PTB), que forçou a retirada da assinatura do deputado suplente José Egydio (PL), com a ameaça de mandar de volta o titular, o secretário municipal Eduardo Paes.
"Cada partido fez o seu acerto interno", afirmou o deputado Ricardo Barros (PPB-PR), vice-líder do governo na Câmara. Em São Paulo, por exemplo, pesou o arranjo regional em torno da presidência do diretório.
O resultado mostrou a atuação do deputado Michel Temer (PMDB-SP), ex-presidente da Câmara e um dos nomes cotados para assumir cargo no primeiro escalão do governo. Dois deputados do PMDB de São Paulo recuaram: João Eduardo Dado e José Índio.
O triunfo do governo se deveu também à negociação por interesses individuais. Foi o caso dos deputados do bloco PL/PSL Oliveira Filho (PL-RJ), José Aleksandro (PSL-AC), Luciano Bivar (PSL-PE), Robério Araújo (PL-RR).
O mesmo aconteceu com os deputados Augusto Nardes (PPB-RS), Dino Fernandes (PSDB-RJ), Josué Bengtson (PTB-PA), Osvaldo Biolchi (PMDB-RS), Osvaldo Reis (PMDB-TO) e Paulo Marinho (PFL-MA).
A pressão do governo não teve efeito na bancada do PMDB de Goiás, que agora corre o risco de perder a vaga ocupada pelo ministro Ovídio de Ângelis (Desenvolvimento Urbano). Os deputados goianos Euler Moraes e Geovan Freitas não recuaram.
Governistas avaliaram que o PT facilitou a atuação do Palácio do Planalto. Segundo Ricardo Barros, o PT achou que poderia conduzir sozinho o processo, deixando os demais partidos de oposição desconfortáveis.
Nas duas últimas semanas, ficou evidente a divergência entre os partidos de oposição. Havia discordância quanto à divulgação das assinaturas, à data de entrega do requerimento e à realização da sessão para a leitura do pedido.
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