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12/05/2001 - 16h04

Temer defende cassação de Arruda e ACM

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EVANDRO SPINELLI
da Folha Ribeirão

O deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), defendeu hoje, em Ribeirão Preto (314 km ao norte de SP), a cassação dos senadores José Roberto Arruda (sem partido-DF) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Para ele, a confissão dos envolvidos justifica a punição.

Já sobre o presidente de seu partido, o presidente do Congresso, Jader Barbalho, Temer defendeu a apuração da denúncias de irregularidades. "Não há ainda um avanço como no caso do painel, em que há uma confissão. No caso dele [Jader], há uma negativa. Cada vez que houver um fato, ele tem que se explicar."

O ex-presidente da Câmara usa o mesmo argumento de ser necessário um fato para justificar a assinatura do requerimento que pedia a criação da CPI da corrupção. "Uma CPI tem de ter um fato determinado para ser apurado. Eles relacionaram 18 ou 19 fatos, certamente apareceriam outros e serviria apenas para palanque eleitoral.

A CPI tinha o objetivo de não alcançar nenhum objetivo", disse o deputado. Outro argumento que Temer usou foi que a maioria das denúncias que a comissão iria apurar já estão sendo investigadas pelo Ministério Público. "A CPI é criada para apurar irregularidades e encaminhar para o Ministério Público tomar as providências. Que sentido teria fazer uma CPI para investigar e encaminhar para o Ministério Público o que ele já está apurando?", disse. Temer afirmou que, se aparecer uma CPI com um único fato para ser apurado, ele assinará o requerimento.

Candidato próprio

O deputado Michel Temer voltou a defender hoje, em Ribeirão Preto, que o PMDB tenha candidato próprio à Presidência da República em 2002. Ele já havia falado sobre o assunto em março, em uma visita a Matão, também na região de Ribeirão. "Dizem que eu não quero candidato a presidente.

Aí eu me ofendo, não porque dizem uma coisa que não é verdade, mas porque estão me chamando de um sujeito burro. Eu quero 15 aqui [em São Paulo] e 15 lá", afirmou. Para ele, ter um candidato a presidente que usa o número do partido facilita a campanha ao governo do Estado.

Temer disse que o governador de Minas, Itamar Franco, e o senador Pedro Simon podem ser os candidatos do partido à sucessão de Fernando Henrique Cardoso. O ex-governador Orestes Quércia, que disputa com Temer a indicação para concorrer ao governo do Estado pelo PMDB, disse ontem, também em Ribeirão Preto, que Temer defende a aliança com o candidato governista nas eleições de 2002.

Questionado sobre a posição do deputado, Quércia ironizou: "A gente sabe que não é bem isso." Em resposta, Temer foi ainda mais irônico: "Quando eu tiver o poder de premonição do Quércia, eu me candidato a astrólogo."
 

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