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15/05/2001
-
19h58
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Sem as cenas de violências registradas na semana passada, cerca de 3.000 estudantes pediram hoje a cassação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) durante uma passeata realizada no centro de Salvador.
Os manifestantes também defenderam as cassações dos senadores José Roberto Arruda (sem partido) e Jader Barbalho (PMDB-PA) e a instalação da CPI da corrupção.
Com faixas e cartazes, estudantes, sindicalistas, políticos e profissionais liberais caminharam cerca de três quilômetros _da praça da Piedade ao largo do Pelourinho (centro histórico).
A PM apenas acompanhou a manifestação à distância. Na semana passada, um confronto entre estudantes e policiais deixou pelo menos 25 feridos e provocou cinco prisões.
Para intimidar os manifestantes, a PM instalou câmeras em alguns postos ao longo do trajeto. Na praça da Piedade, um estudante encobriu uma câmera com uma bandeira do PC do B.
A assessoria de imprensa da PM informou que as câmeras foram instaladas para inibir a ação dos assaltantes que têm agido no centro de Salvador.
"Foi apenas uma coincidência as câmeras serem instaladas no mesmo trajeto da passeata", disse o tenente-coronel Silva Ramos, assessor da PM.
À frente da passeata, os manifestantes carregaram um boneco com a caricatura do senador ACM vestido com uniforme de presidiário.
O ex-presidente do Congresso é acusado de ter participado da violação do painel de votação.
O relator do processo, senador Saturnino Braga (PSB-RJ), deve entregar hoje seu parecer, solicitando abertura de processo contra ACM e Arruda.
Em frente à Câmara de Salvador, os manifestantes queimaram um boneco simbolizando Judas e novamente pediram a cassação de ACM. "Um, dois, três, queremos ver o ACM no xadrez", gritaram os participantes da passeata.
Líderes estudantis e políticos também contestaram o apoio dado ao senador baiano pela cantora Gal Costa e pela escritora Zélia Gattai, mulher do escritor Jorge Amado.
"Nós não demos nenhuma procuração para Zélia Gattai e Gal Costa falarem em nome da Bahia", disse a deputada estadual Alice Portugal (PC do B).
Além da passeata, 18 integrantes do "Movimento da Juventude Socialista Sal da Terra" permaneceram 24 horas em jejum em apoio à cassação do senador ACM. O grupo deixou as escadarias da Câmara de Salvador às 10h de ontem.
"O que nós queremos é a cassação do senador ACM e a abertura da CPI da corrupção", disse Gilmar Souza, um dos líderes do movimento.
3.000 vão às ruas pedir cassação de ACM em Salvador
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da Agência Folha, em Salvador
Sem as cenas de violências registradas na semana passada, cerca de 3.000 estudantes pediram hoje a cassação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) durante uma passeata realizada no centro de Salvador.
Os manifestantes também defenderam as cassações dos senadores José Roberto Arruda (sem partido) e Jader Barbalho (PMDB-PA) e a instalação da CPI da corrupção.
Com faixas e cartazes, estudantes, sindicalistas, políticos e profissionais liberais caminharam cerca de três quilômetros _da praça da Piedade ao largo do Pelourinho (centro histórico).
A PM apenas acompanhou a manifestação à distância. Na semana passada, um confronto entre estudantes e policiais deixou pelo menos 25 feridos e provocou cinco prisões.
Para intimidar os manifestantes, a PM instalou câmeras em alguns postos ao longo do trajeto. Na praça da Piedade, um estudante encobriu uma câmera com uma bandeira do PC do B.
A assessoria de imprensa da PM informou que as câmeras foram instaladas para inibir a ação dos assaltantes que têm agido no centro de Salvador.
"Foi apenas uma coincidência as câmeras serem instaladas no mesmo trajeto da passeata", disse o tenente-coronel Silva Ramos, assessor da PM.
À frente da passeata, os manifestantes carregaram um boneco com a caricatura do senador ACM vestido com uniforme de presidiário.
O ex-presidente do Congresso é acusado de ter participado da violação do painel de votação.
O relator do processo, senador Saturnino Braga (PSB-RJ), deve entregar hoje seu parecer, solicitando abertura de processo contra ACM e Arruda.
Em frente à Câmara de Salvador, os manifestantes queimaram um boneco simbolizando Judas e novamente pediram a cassação de ACM. "Um, dois, três, queremos ver o ACM no xadrez", gritaram os participantes da passeata.
Líderes estudantis e políticos também contestaram o apoio dado ao senador baiano pela cantora Gal Costa e pela escritora Zélia Gattai, mulher do escritor Jorge Amado.
"Nós não demos nenhuma procuração para Zélia Gattai e Gal Costa falarem em nome da Bahia", disse a deputada estadual Alice Portugal (PC do B).
Além da passeata, 18 integrantes do "Movimento da Juventude Socialista Sal da Terra" permaneceram 24 horas em jejum em apoio à cassação do senador ACM. O grupo deixou as escadarias da Câmara de Salvador às 10h de ontem.
"O que nós queremos é a cassação do senador ACM e a abertura da CPI da corrupção", disse Gilmar Souza, um dos líderes do movimento.
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