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17/05/2001
-
15h48
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) confirmou hoje que recebeu a pizza "baiana com arruda" enviada ontem por empresários paulistas. Ao ser questionado sobre o que faria com a pizza, ACM disse: "Vou mandar para as mães deles. Esses empresários têm é que pagar impostos".
Não foi só ACM quem recebeu a pizza. Os empresários enviaram uma para cada um dos senadores pelo correio, só que elas chegaram tarde. A entrega deveria ter sido efetuada antes da leitura do relatório de Roberto Saturnino (PSB-RJ) no Conselho de Ética.
ACM reiterou que não cogita renunciar ao mandato e desmentiu que pretenda recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), determinando que a votação do relatório que recomenda a cassação de ACM e José Roberto Arruda (sem partido-DF) seja aberta.
"Excrescência"
Arruda voltou a defender hoje a votação secreta do relatório no conselho. Para ele, Saturnino fez um julgamento de mérito ao proferir seu voto. "É óbvio que o voto não pode ser aberto", afirmou o ex-tucano. "É um processo de linchamento público e o julgamento não é justo nem democrático", ressaltou.
No discurso que fez em plenário no dia 23 de abril, em que reconheceu publicamente que leu a lista de votação, Arruda pediu o fim do voto secreto que classificou como uma excrescência e uma distorção.
"Quem tem direito ao sigilo do voto é o eleitor que nos escolhe. Nós, os escolhidos, temos que votar aberto, sempre, sem medo, para que a sociedade que nos elege possa acompanhar nosso desempenho, avaliar nosso trabalho", disse Arruda em seu discurso.
O senador deixou um assessor de prontidão em frente ao gabinete do líder tucano no Senado, Sergio Machado (CE), cuja função era anotar os nomes de todos os congressistas que entravam no local. Arruda pode estar temendo que o PSDB decida votar em bloco a favor da cassação.
A sessão para votação do parecer de Saturnino está marcada para a próxima quarta-feira (23). Se o relatório for aprovado, seguirá para a Mesa Diretora, que terá prazo de cinco sessões ordinárias para devolve-lo ao Conselho de Ética para abertura do processo de cassação.
Leia mais sobre a quebra de sigilo
ACM manda devolver pizza para as mães dos empresários
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da Folha Online, em Brasília
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) confirmou hoje que recebeu a pizza "baiana com arruda" enviada ontem por empresários paulistas. Ao ser questionado sobre o que faria com a pizza, ACM disse: "Vou mandar para as mães deles. Esses empresários têm é que pagar impostos".
Não foi só ACM quem recebeu a pizza. Os empresários enviaram uma para cada um dos senadores pelo correio, só que elas chegaram tarde. A entrega deveria ter sido efetuada antes da leitura do relatório de Roberto Saturnino (PSB-RJ) no Conselho de Ética.
ACM reiterou que não cogita renunciar ao mandato e desmentiu que pretenda recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), determinando que a votação do relatório que recomenda a cassação de ACM e José Roberto Arruda (sem partido-DF) seja aberta.
"Excrescência"
Arruda voltou a defender hoje a votação secreta do relatório no conselho. Para ele, Saturnino fez um julgamento de mérito ao proferir seu voto. "É óbvio que o voto não pode ser aberto", afirmou o ex-tucano. "É um processo de linchamento público e o julgamento não é justo nem democrático", ressaltou.
No discurso que fez em plenário no dia 23 de abril, em que reconheceu publicamente que leu a lista de votação, Arruda pediu o fim do voto secreto que classificou como uma excrescência e uma distorção.
"Quem tem direito ao sigilo do voto é o eleitor que nos escolhe. Nós, os escolhidos, temos que votar aberto, sempre, sem medo, para que a sociedade que nos elege possa acompanhar nosso desempenho, avaliar nosso trabalho", disse Arruda em seu discurso.
O senador deixou um assessor de prontidão em frente ao gabinete do líder tucano no Senado, Sergio Machado (CE), cuja função era anotar os nomes de todos os congressistas que entravam no local. Arruda pode estar temendo que o PSDB decida votar em bloco a favor da cassação.
A sessão para votação do parecer de Saturnino está marcada para a próxima quarta-feira (23). Se o relatório for aprovado, seguirá para a Mesa Diretora, que terá prazo de cinco sessões ordinárias para devolve-lo ao Conselho de Ética para abertura do processo de cassação.
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