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18/05/2001
-
02h40
RAQUEL ULHÔA
ANDREA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) despertou a preocupação de seus amigos nos últimos dias: "Já pensei em tudo. Estou planejando tudo", disse.
Arruda se diz "absolutamente abandonado" e traído pelo governo Fernando Henrique Cardoso, do qual foi líder, rejeitado por aliados de outrora e diante de uma família desestruturada.
O ex-líder de FHC no Senado avalia que sua carreira pública acabou. Diz que são raras as manifestações de apoio, incluindo o cumprimento de eleitores.
"O Antonio Carlos sai daqui, vai para a Bahia e se elege. Eu estou perdido porque aqui em Brasília é diferente", disse à Folha, para explicar por que a renúncia seria inócua em seu caso. "Além disso, meu filho não é suplente", disse, referindo-se ao fato de o suplente de ACM ser seu filho Antonio Carlos Magalhães Júnior.
O ex-tucano anteviu o próprio fim após a apresentação do relatório de Saturnino Braga (PSB-RJ), que pediu a abertura do processo de cassação.
Até então, contabilizava 11 votos (dos 16 membros do conselho) a favor de um relatório paralelo preparado pelos pefelistas, propondo a suspensão temporária do mandato. Com a leitura do relatório que o condenou e a decisão de Ramez Tebet (PMDB-MS) de realizar a votação abertamente Arruda jogou a toalha.
"Eu errei em tudo", disse, explicando ter falado demais e antes da hora sobre a violação do painel. Arruda acha que está sendo vítima de uma máquina, que inclui o governo, que quer cassar ACM.
Apesar de se sentir abandonado por FHC, Arruda disse que sairá do episódio "sem atirar uma pedra" contra o Planalto. Diz que sempre serviu ao governo, inclusive agora, na adversidade, mas que não esperava a ameaça de expulsão do PSDB. Nos momentos de desabafo, Arruda tem chorado e dito que se prepara para o pior.
Arruda diz ter sido "abandonado"
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ANDREA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) despertou a preocupação de seus amigos nos últimos dias: "Já pensei em tudo. Estou planejando tudo", disse.
Arruda se diz "absolutamente abandonado" e traído pelo governo Fernando Henrique Cardoso, do qual foi líder, rejeitado por aliados de outrora e diante de uma família desestruturada.
O ex-líder de FHC no Senado avalia que sua carreira pública acabou. Diz que são raras as manifestações de apoio, incluindo o cumprimento de eleitores.
"O Antonio Carlos sai daqui, vai para a Bahia e se elege. Eu estou perdido porque aqui em Brasília é diferente", disse à Folha, para explicar por que a renúncia seria inócua em seu caso. "Além disso, meu filho não é suplente", disse, referindo-se ao fato de o suplente de ACM ser seu filho Antonio Carlos Magalhães Júnior.
O ex-tucano anteviu o próprio fim após a apresentação do relatório de Saturnino Braga (PSB-RJ), que pediu a abertura do processo de cassação.
Até então, contabilizava 11 votos (dos 16 membros do conselho) a favor de um relatório paralelo preparado pelos pefelistas, propondo a suspensão temporária do mandato. Com a leitura do relatório que o condenou e a decisão de Ramez Tebet (PMDB-MS) de realizar a votação abertamente Arruda jogou a toalha.
"Eu errei em tudo", disse, explicando ter falado demais e antes da hora sobre a violação do painel. Arruda acha que está sendo vítima de uma máquina, que inclui o governo, que quer cassar ACM.
Apesar de se sentir abandonado por FHC, Arruda disse que sairá do episódio "sem atirar uma pedra" contra o Planalto. Diz que sempre serviu ao governo, inclusive agora, na adversidade, mas que não esperava a ameaça de expulsão do PSDB. Nos momentos de desabafo, Arruda tem chorado e dito que se prepara para o pior.
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