Publicidade
Publicidade
18/05/2001
-
02h43
RONALD FREITAS, da Folha de S.Paulo, em Brasília
O voto do senador Amir Lando (PMDB-RO) será favorável à abertura de processo por quebra de decoro e à recomendação da cassação dos mandatos dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF).
Candidato ao governo de Rondônia, Lando vinha defendendo reservadamente uma punição mais branda.
Ontem, o senador admitiu pela primeira a colegas de bancada confirmar o relatório do relator do Conselho de Ética, Saturnino Braga (PSB-RJ).
Com a decisão de Amir Lando e Lauro Campos, recém-saído do PT, de votarem a favor da cassação, o tucano Lúcio Alcântara (CE) tornou-se o principal alvo dos senadores de oposição.
"Punição justa"
Alcântara concorda que houve quebra de decoro, mas acha que a suspensão do mandato de ACM e Arruda por quatro meses seria uma punição justa.
Como o tucano não revela o voto publicamente, acredita-se que possa votar em favor de Antonio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda para não desagradar o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), aliado do senador pefelista baiano.
Outra possibilidade é Lúcio Alcântara votar pela aprovação de um segundo relatório a ser apresentado pelos senadores Paulo Souto e Waldeck Ornélas, afilhados políticos de ACM.
Alcântara precisa do apoio de Jereissati para viabilizar sua candidatura ao governo do Estado pelo PSDB. A vaga é disputada pelo senador Luís Pontes, primo da mulher de Jereissati, e pelo presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, Wellington Landim, ambos tucanos.
Os senadores Nabor Júnior (PMDB-AC) e Casildo Maldaner (PMDB-SC) também estão sob pressão. O lobby mais eficiente é feito longe do Senado. "Não dá para conversar abertamente no café do plenário", diz um dos integrantes da oposição.
Voto aberto
Os interlocutores de Nabor acreditam que ele pode votar a favor de ACM mesmo se for confirmado o voto aberto.
O presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), determinou que
o voto seja público, mas os carlistas ameaçam ir ao Supremo Tribunal Federal brigar pelo sigilo. "Com o sigilo, os senadores ACM e Arruda têm chances de escapar da cassação", afirma Heloísa Helena (PT-AL).
A Constituição determina sigilo em caso de votação de cassação. "Nós não vamos cassar ninguém. Vamos decidir sobre a abertura de um processo", diz a senadora. Arruda e ACM também tem procurado o apoio dos colegas.
No final da tarde de ontem, Arruda foi ao gabinete de Ney Suassuna (PMDB-PB). Deu azar. A sala estava cheia de correligionários paraibanos. A visita durou apenas dois minutos.
Eleições de 2002 orientam votos de senadores
Publicidade
O voto do senador Amir Lando (PMDB-RO) será favorável à abertura de processo por quebra de decoro e à recomendação da cassação dos mandatos dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF).
Candidato ao governo de Rondônia, Lando vinha defendendo reservadamente uma punição mais branda.
Ontem, o senador admitiu pela primeira a colegas de bancada confirmar o relatório do relator do Conselho de Ética, Saturnino Braga (PSB-RJ).
Com a decisão de Amir Lando e Lauro Campos, recém-saído do PT, de votarem a favor da cassação, o tucano Lúcio Alcântara (CE) tornou-se o principal alvo dos senadores de oposição.
"Punição justa"
Alcântara concorda que houve quebra de decoro, mas acha que a suspensão do mandato de ACM e Arruda por quatro meses seria uma punição justa.
Como o tucano não revela o voto publicamente, acredita-se que possa votar em favor de Antonio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda para não desagradar o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), aliado do senador pefelista baiano.
Outra possibilidade é Lúcio Alcântara votar pela aprovação de um segundo relatório a ser apresentado pelos senadores Paulo Souto e Waldeck Ornélas, afilhados políticos de ACM.
Alcântara precisa do apoio de Jereissati para viabilizar sua candidatura ao governo do Estado pelo PSDB. A vaga é disputada pelo senador Luís Pontes, primo da mulher de Jereissati, e pelo presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, Wellington Landim, ambos tucanos.
Os senadores Nabor Júnior (PMDB-AC) e Casildo Maldaner (PMDB-SC) também estão sob pressão. O lobby mais eficiente é feito longe do Senado. "Não dá para conversar abertamente no café do plenário", diz um dos integrantes da oposição.
Voto aberto
Os interlocutores de Nabor acreditam que ele pode votar a favor de ACM mesmo se for confirmado o voto aberto.
O presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), determinou que
o voto seja público, mas os carlistas ameaçam ir ao Supremo Tribunal Federal brigar pelo sigilo. "Com o sigilo, os senadores ACM e Arruda têm chances de escapar da cassação", afirma Heloísa Helena (PT-AL).
A Constituição determina sigilo em caso de votação de cassação. "Nós não vamos cassar ninguém. Vamos decidir sobre a abertura de um processo", diz a senadora. Arruda e ACM também tem procurado o apoio dos colegas.
No final da tarde de ontem, Arruda foi ao gabinete de Ney Suassuna (PMDB-PB). Deu azar. A sala estava cheia de correligionários paraibanos. A visita durou apenas dois minutos.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice