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20/05/2001
-
06h37
da Folha de S.Paulo
A notícia de que o economista Francisco Lopes operava um esquema de de venda de informações privilegiadas no Banco Central deixou o Palácio do Planalto desconcertado. A primeira providência de ministros e aliados foi tentar preservar o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo uma fonte credenciada do Planalto, a reportagem de "Veja" traz uma única novidade - a chantagem de que Francisco Lopes teria sido vítima. "E isso não era do conhecimento do governo", sustenta a fonte.
O ministro Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral) descartou a participação do ministro Pedro Malan, da Fazenda, no episódio. "Se esse episódio existiu, é evidente que o Malan não sabia e não teve nada com isso", disse.
Aloysio afirmou que a própria revista afirma que a Polícia Federal já está investigando o caso, por isso ele não deverá servir como mais um argumento da oposição para criar a CPI da corrupção.
"A Polícia Federal é mais eficaz nesse caso que a CPI. A oposição não quer apurar nada. Uma CPI de 19 ou 20 itens evidentemente não vai apurar nada", disse.
Segundo o ministro da Justiça, José Gregori, "não há possibilidade de haver qualquer conivência [do ministro Pedro Malan ou de Clóvis Carvalho, ex-chefe da Casa Civil] nesse caso. "Não aceito qualquer insinuação sobre a integridade deles." Para Gregori, o país tem sido vítima de uma "leviandade institucionalizada".
O governador Tasso Jereissati (CE), que estava em Brasília participando da convenção do PSDB, a reportagem não prova nada. "Cadê as fitas, cadê as provas. É a palavra de um bandido que não quer dizer nada. Só falta agora o Fernandinho Beira-Mar dizer alguma coisa e a gente acreditar".
A maioria dos tucanos presentes ontem à convenção nacional do PSDB evitou comentar a reportagem da revista "Veja" sobre o esquema de venda de informações privilegiadas de Chico Lopes.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que, antes de se fazer qualquer comentário, deve haver uma investigação sobre as denúncias de tráfico de influência no BC. "Não é só porque alguém falou e alguém escreveu que vamos achar que é verdade".
Banco Central
O Banco Central ainda não sabe se vai reabrir as investigações para apurar suposto esquema de fornecimento de formação privilegiada integrado por Francisco Lopes, ex-presidente da instituição.
Em 1999, quando o escândalo foi noticiado pela primeira vez, o BC abriu uma investigação própria para tentar identificar o suposto esquema. O inquérito foi arquivado por falta de provas.
Reportagem publicada pela "Veja" traz novos elementos que poderiam permitir nova investigação - entre eles, uma conta em Nova York por meio da qual o Banco Pactual pagaria por informações privilegiadas supostamente repassadas por Lopes.
O BC declarou que não irá comentar o surgimento de novas evidências envolvendo Francisco Lopes, que foi diretor da instituição por quatro anos e assumiu sua presidência por alguns dias.
O BC também se recusou a comentar a participação da diretora de Fiscalização, Tereza Grossi, no socorro aos bancos Marka e FonteCindam.
Segundo a assessoria, todas as explicações foram dadas à Justiça e à CPI dos Bancos. Mas o PT já analisa a hipótese de pedir ao Senado Federal a revisão da indicação dela para o cargo.
Leia mais sobre a crise no governo
Notícia de caso Marka/ FonteCindam deixa governo desconcertado
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A notícia de que o economista Francisco Lopes operava um esquema de de venda de informações privilegiadas no Banco Central deixou o Palácio do Planalto desconcertado. A primeira providência de ministros e aliados foi tentar preservar o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo uma fonte credenciada do Planalto, a reportagem de "Veja" traz uma única novidade - a chantagem de que Francisco Lopes teria sido vítima. "E isso não era do conhecimento do governo", sustenta a fonte.
O ministro Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral) descartou a participação do ministro Pedro Malan, da Fazenda, no episódio. "Se esse episódio existiu, é evidente que o Malan não sabia e não teve nada com isso", disse.
Aloysio afirmou que a própria revista afirma que a Polícia Federal já está investigando o caso, por isso ele não deverá servir como mais um argumento da oposição para criar a CPI da corrupção.
"A Polícia Federal é mais eficaz nesse caso que a CPI. A oposição não quer apurar nada. Uma CPI de 19 ou 20 itens evidentemente não vai apurar nada", disse.
Segundo o ministro da Justiça, José Gregori, "não há possibilidade de haver qualquer conivência [do ministro Pedro Malan ou de Clóvis Carvalho, ex-chefe da Casa Civil] nesse caso. "Não aceito qualquer insinuação sobre a integridade deles." Para Gregori, o país tem sido vítima de uma "leviandade institucionalizada".
O governador Tasso Jereissati (CE), que estava em Brasília participando da convenção do PSDB, a reportagem não prova nada. "Cadê as fitas, cadê as provas. É a palavra de um bandido que não quer dizer nada. Só falta agora o Fernandinho Beira-Mar dizer alguma coisa e a gente acreditar".
A maioria dos tucanos presentes ontem à convenção nacional do PSDB evitou comentar a reportagem da revista "Veja" sobre o esquema de venda de informações privilegiadas de Chico Lopes.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que, antes de se fazer qualquer comentário, deve haver uma investigação sobre as denúncias de tráfico de influência no BC. "Não é só porque alguém falou e alguém escreveu que vamos achar que é verdade".
Banco Central
O Banco Central ainda não sabe se vai reabrir as investigações para apurar suposto esquema de fornecimento de formação privilegiada integrado por Francisco Lopes, ex-presidente da instituição.
Em 1999, quando o escândalo foi noticiado pela primeira vez, o BC abriu uma investigação própria para tentar identificar o suposto esquema. O inquérito foi arquivado por falta de provas.
Reportagem publicada pela "Veja" traz novos elementos que poderiam permitir nova investigação - entre eles, uma conta em Nova York por meio da qual o Banco Pactual pagaria por informações privilegiadas supostamente repassadas por Lopes.
O BC declarou que não irá comentar o surgimento de novas evidências envolvendo Francisco Lopes, que foi diretor da instituição por quatro anos e assumiu sua presidência por alguns dias.
O BC também se recusou a comentar a participação da diretora de Fiscalização, Tereza Grossi, no socorro aos bancos Marka e FonteCindam.
Segundo a assessoria, todas as explicações foram dadas à Justiça e à CPI dos Bancos. Mas o PT já analisa a hipótese de pedir ao Senado Federal a revisão da indicação dela para o cargo.
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