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25/05/2001
-
04h08
do Danco de Dados
da Folha de S.Paulo
O ex-senador José Roberto Arruda, 47, participou das principais operações no Congresso para abafar escândalos no governo Fernando Henrique Cardoso.
Designado para integrar a CPI dos Bancos, em 1999, articulou a derrubada do pedido de quebra do sigilo bancário da diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi.
No ano passado, apoiou a extinção da subcomissão do Senado que investigava o envolvimento do ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, com o desvio de dinheiro da obra do TRT-SP, impedindo a quebra de sigilo bancário de EJ.
Em 1995, indicado para a comissão que investigava o Sivam, elaborou um parecer encomendado pelo governo para derrubar o texto do relator, Gilberto Miranda (PMDB-AM). Seu bom desempenho levou FHC a promovê-lo.
Líder de FHC no Congresso de 1996 a 1999 e líder do governo no Senado de 1999 até este ano, Arruda foi um dos líderes da tropa de choque governista que abafou a criação de CPIs que pudessem atingir o governo -como a que investigaria o sistema financeiro, em 1996; a da compra de votos para aprovar a emenda da reeleição, em 1997; a que investigaria o grampo no BNDES, em 1999; e a do caso EJ, no ano passado.
José Roberto Arruda nasceu em 1954, em Itajubá (MG), e formou-se em engenharia elétrica em 1976. Começou sua vida pública no regime militar como diretor da Novacap de 1979 a 82, na gestão de Aimé Lamaison, nomeado por João Baptista Figueiredo.
Foi também secretário de Modernização Administrativa e Informática do ministério das Minas e Energia em 1985, na gestão de Aureliano Chaves (PFL).
No mesmo ano, tornou-se diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília), cargo que ocupou até 1990, nas gestões de José Aparecido de Oliveira e Joaquim Roriz, ambos nomeados por Sarney.
Após a eleição de Roriz para o governo do DF, em 1990, Arruda assumiu a chefia do Gabinete Civil e, ainda em 1991, tornou-se secretário de Obras. Nesse período iniciou a construção do metrô de Brasília. As obras já foram alvo de investigação por parte do Ministério Público Federal, em 1993.
Na ocasião, Arruda chorou convulsivamente numa conversa que teve com o arquiteto Carlos Magalhães, autor de acusações de irregularidades na obra. Em setembro de 1994, a Justiça Federal abriu processo contra Roriz, Arruda e mais nove pessoas.
Roriz lançou a candidatura de Arruda ao governo, mas recuou e fechou acordo com Valmir Campelo (PTB), forçando seu secretário a disputar o Senado pelo PP. Ele foi eleito com 300.959 votos.
Roriz e Arruda tomaram direções diferentes. Em 1995, Arruda discordou da fusão do PP com o PPR de Paulo Maluf e ingressou no PSDB, enquanto Roriz se filiou ao PMDB. Em 1998, ambos disputaram a eleição para governador.
O tucano foi derrotado pelos candidatos Cristovam Buarque (PT) e Joaquim Roriz (PMDB).
Em 1999, após a derrota, deixou de ser líder do governo no Congresso. Em julho do mesmo ano, FHC o designou para ser líder do governo no Senado,
cargo que ocupou até eclodir o escândalo do do painel do Senado.
Ameaçado de expulsão, anunciou seu desligamento do PSDB em 24 de abril.
Ex-senador tucano liderou operações abafa para FHC
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da Folha de S.Paulo
O ex-senador José Roberto Arruda, 47, participou das principais operações no Congresso para abafar escândalos no governo Fernando Henrique Cardoso.
Designado para integrar a CPI dos Bancos, em 1999, articulou a derrubada do pedido de quebra do sigilo bancário da diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi.
No ano passado, apoiou a extinção da subcomissão do Senado que investigava o envolvimento do ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, com o desvio de dinheiro da obra do TRT-SP, impedindo a quebra de sigilo bancário de EJ.
Em 1995, indicado para a comissão que investigava o Sivam, elaborou um parecer encomendado pelo governo para derrubar o texto do relator, Gilberto Miranda (PMDB-AM). Seu bom desempenho levou FHC a promovê-lo.
Líder de FHC no Congresso de 1996 a 1999 e líder do governo no Senado de 1999 até este ano, Arruda foi um dos líderes da tropa de choque governista que abafou a criação de CPIs que pudessem atingir o governo -como a que investigaria o sistema financeiro, em 1996; a da compra de votos para aprovar a emenda da reeleição, em 1997; a que investigaria o grampo no BNDES, em 1999; e a do caso EJ, no ano passado.
José Roberto Arruda nasceu em 1954, em Itajubá (MG), e formou-se em engenharia elétrica em 1976. Começou sua vida pública no regime militar como diretor da Novacap de 1979 a 82, na gestão de Aimé Lamaison, nomeado por João Baptista Figueiredo.
Foi também secretário de Modernização Administrativa e Informática do ministério das Minas e Energia em 1985, na gestão de Aureliano Chaves (PFL).
No mesmo ano, tornou-se diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília), cargo que ocupou até 1990, nas gestões de José Aparecido de Oliveira e Joaquim Roriz, ambos nomeados por Sarney.
Após a eleição de Roriz para o governo do DF, em 1990, Arruda assumiu a chefia do Gabinete Civil e, ainda em 1991, tornou-se secretário de Obras. Nesse período iniciou a construção do metrô de Brasília. As obras já foram alvo de investigação por parte do Ministério Público Federal, em 1993.
Na ocasião, Arruda chorou convulsivamente numa conversa que teve com o arquiteto Carlos Magalhães, autor de acusações de irregularidades na obra. Em setembro de 1994, a Justiça Federal abriu processo contra Roriz, Arruda e mais nove pessoas.
Roriz lançou a candidatura de Arruda ao governo, mas recuou e fechou acordo com Valmir Campelo (PTB), forçando seu secretário a disputar o Senado pelo PP. Ele foi eleito com 300.959 votos.
Roriz e Arruda tomaram direções diferentes. Em 1995, Arruda discordou da fusão do PP com o PPR de Paulo Maluf e ingressou no PSDB, enquanto Roriz se filiou ao PMDB. Em 1998, ambos disputaram a eleição para governador.
O tucano foi derrotado pelos candidatos Cristovam Buarque (PT) e Joaquim Roriz (PMDB).
Em 1999, após a derrota, deixou de ser líder do governo no Congresso. Em julho do mesmo ano, FHC o designou para ser líder do governo no Senado,
cargo que ocupou até eclodir o escândalo do do painel do Senado.
Ameaçado de expulsão, anunciou seu desligamento do PSDB em 24 de abril.
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