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25/05/2001
-
20h40
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio de Janeiro
O procurador Artur Gueiros, responsável pelas denúncias no caso Marka, disse que o depoimento do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, favorável à diretora de Fiscalização do BC, Teresa Grossi, não muda em nada a situação da diretora na denúncia.
"Ele [Armínio Fraga] disse que o que aconteceu foi um ato da então diretoria capitaneada pelo réu Francisco Lopes e que a senhora Teresa Grossi estaria num escalão inferior, e que portanto ela não teria nenhuma participação nas decisões que levaram à ajuda aos bancos Marka e FonteCindam", afirmou Gueiros.
"Mas o fato é que ela foi muito mais que uma funcionária subalterna e demonstrou interesse em solucionar o problema de Salvatore Cacciola [dono do Banco Marka], conforme foi colocado na acusação que pesa contra ela. O comportamento de Teresa Grossi é reprovável do ponto de vista jurídico", completou.
Gueiros, no entanto, disse que a o Ministério Público não tem interesse em condenar a diretora do BC se ao final, não ficar provada sua culpa. "Não é interesse nosso prejulgar. Se ao final, ficar caraterizado, que apesar de ter sido anormal, não foi criminoso, o Ministério Público será o primeiro a pedir a absolvição de Teresa Grossi.''
Ele acrescentou que o depoimento de Fraga só confirma que a participação de Francisco Lopes no caso, como responsável pelo comando da ajuda aos dois bancos. "A cada testemunha que é ouvida, fica mais clara o caráter anormal do comportamento que ele (Francisco Lopes) teve. E o doutor Armínio Fraga pôde jogar mais um peso nessa culpabilidade, explicou.
Fraga, segundo o procurador, disse que nunca ter conhecido um socorro com dinheiro público para resolver problemas de natureza privada.
"Seu depoimento serviu para abonar Teresa Grossi e dar sua visão de homem de mercado sobre isso. Mas permanece íntegra a denúncia sobre o caráter ilícito em que foi feito o socorro, sem garantias ou limites", concluiu o procurador.
Em janeiro de 1999, na época da desvalorização cambial, o BC socorreu com R$1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCindam.
LEIA MAIS:
- Entenda o caso Marka
- Quais são os principais personagens
- Veja quais são os pontos obscuros
Para procurador, depoimento de Fraga não muda situação de Grossi
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da Folha Online, no Rio de Janeiro
O procurador Artur Gueiros, responsável pelas denúncias no caso Marka, disse que o depoimento do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, favorável à diretora de Fiscalização do BC, Teresa Grossi, não muda em nada a situação da diretora na denúncia.
"Ele [Armínio Fraga] disse que o que aconteceu foi um ato da então diretoria capitaneada pelo réu Francisco Lopes e que a senhora Teresa Grossi estaria num escalão inferior, e que portanto ela não teria nenhuma participação nas decisões que levaram à ajuda aos bancos Marka e FonteCindam", afirmou Gueiros.
"Mas o fato é que ela foi muito mais que uma funcionária subalterna e demonstrou interesse em solucionar o problema de Salvatore Cacciola [dono do Banco Marka], conforme foi colocado na acusação que pesa contra ela. O comportamento de Teresa Grossi é reprovável do ponto de vista jurídico", completou.
Gueiros, no entanto, disse que a o Ministério Público não tem interesse em condenar a diretora do BC se ao final, não ficar provada sua culpa. "Não é interesse nosso prejulgar. Se ao final, ficar caraterizado, que apesar de ter sido anormal, não foi criminoso, o Ministério Público será o primeiro a pedir a absolvição de Teresa Grossi.''
Ele acrescentou que o depoimento de Fraga só confirma que a participação de Francisco Lopes no caso, como responsável pelo comando da ajuda aos dois bancos. "A cada testemunha que é ouvida, fica mais clara o caráter anormal do comportamento que ele (Francisco Lopes) teve. E o doutor Armínio Fraga pôde jogar mais um peso nessa culpabilidade, explicou.
Fraga, segundo o procurador, disse que nunca ter conhecido um socorro com dinheiro público para resolver problemas de natureza privada.
"Seu depoimento serviu para abonar Teresa Grossi e dar sua visão de homem de mercado sobre isso. Mas permanece íntegra a denúncia sobre o caráter ilícito em que foi feito o socorro, sem garantias ou limites", concluiu o procurador.
Em janeiro de 1999, na época da desvalorização cambial, o BC socorreu com R$1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCindam.
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