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31/05/2001
-
03h15
da Folha de S.Paulo
Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) fez um discurso de "pseudo-oposição", na opinião de cientistas políticos e sociólogos ouvidos pela Folha.
Sem apresentar grandes novidades, a fala de ACM não deverá ter impacto negativo sobre a já fragilizada situação do governo federal. Seu grande objetivo teria sido outro: manter intacta a base eleitoral na Bahia e preparar-se para a eleição de 2002.
"Foi uma encenação, com nada de mais grave. ACM não fez um discurso de oposição, mas um recuo bem encenado. Ele sinaliza que tenta ainda manter a aliança com o governo", diz o sociólogo Francisco de Oliveira, professor aposentado da USP.
O fato de as acusações terem sido genéricas foi visto como um sinal de que ACM não quer romper totalmente com o governo.
Para o cientista político Fábio Wanderley Reis, professor emérito da UFMG, o discurso foi uma tentativa de ACM de se dissociar do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Mas não me parece ter muita consistência. A peça, inclusive, é pífia e débil", afirmou.
Professora de sociologia da USP, Maria Victoria Benevides achou o discurso "muito aquém" do prometido por ACM na semana passada, quando disse para FHC ficar preocupado. "Foi chocho e retórico, discurso de oposição de um adversário ferido".
Já o professor emérito da Faculdade de Direito da USP Goffredo da Silva Telles considerou o discurso "lamentável". "Ele não apresentou nada de novo. Seus ataques não contribuem para desestabilizar mais o governo, cujos problemas vêm do mundo real".
Para a maioria, o discurso foi uma "peça de campanha". Ele deve se candidatar ao Senado em 2002. "ACM apresentou café requentado, feito para a Bahia. Ele ainda tem força e mandou um recado ao governo e presidenciáveis", disse Oliveira.
Benevides diz que o ex-senador "jogou certo para a platéia". "Não digo que ele saiu fortalecido, mas não perdeu. Confirmou a suspeita de que houve um acordão".
Intelectuais vêem pseudo-oposição em discurso
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Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) fez um discurso de "pseudo-oposição", na opinião de cientistas políticos e sociólogos ouvidos pela Folha.
Sem apresentar grandes novidades, a fala de ACM não deverá ter impacto negativo sobre a já fragilizada situação do governo federal. Seu grande objetivo teria sido outro: manter intacta a base eleitoral na Bahia e preparar-se para a eleição de 2002.
"Foi uma encenação, com nada de mais grave. ACM não fez um discurso de oposição, mas um recuo bem encenado. Ele sinaliza que tenta ainda manter a aliança com o governo", diz o sociólogo Francisco de Oliveira, professor aposentado da USP.
O fato de as acusações terem sido genéricas foi visto como um sinal de que ACM não quer romper totalmente com o governo.
Para o cientista político Fábio Wanderley Reis, professor emérito da UFMG, o discurso foi uma tentativa de ACM de se dissociar do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Mas não me parece ter muita consistência. A peça, inclusive, é pífia e débil", afirmou.
Professora de sociologia da USP, Maria Victoria Benevides achou o discurso "muito aquém" do prometido por ACM na semana passada, quando disse para FHC ficar preocupado. "Foi chocho e retórico, discurso de oposição de um adversário ferido".
Já o professor emérito da Faculdade de Direito da USP Goffredo da Silva Telles considerou o discurso "lamentável". "Ele não apresentou nada de novo. Seus ataques não contribuem para desestabilizar mais o governo, cujos problemas vêm do mundo real".
Para a maioria, o discurso foi uma "peça de campanha". Ele deve se candidatar ao Senado em 2002. "ACM apresentou café requentado, feito para a Bahia. Ele ainda tem força e mandou um recado ao governo e presidenciáveis", disse Oliveira.
Benevides diz que o ex-senador "jogou certo para a platéia". "Não digo que ele saiu fortalecido, mas não perdeu. Confirmou a suspeita de que houve um acordão".
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