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19/06/2001 - 02h55

CPI das privatizações pode mudar de rumo após troca do presidente

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PEDRO DANTAS
da Folha de S.Paulo, no Rio

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa ameaça mudar hoje os rumos da CPI das Privatizações no Rio.

Segundo o relator da CPI, Chico Alencar (PT), a comissão planeja substituir, em votação a ser realizada hoje, o deputado Jamil Haddad (PSB) pelo deputado Albano Reis (PMDB) na presidência.

A disputa pela CPI, criada em fevereiro, causou nova divergência no PSB fluminense entre o presidente de honra do partido, Jamil Haddad, e o governador Anthony Garotinho, que se filiou recentemente ao partido.
Haddad é contra a pré-candidatura do governador ao Planalto pelo PSB, e Garotinho teria reprovado o fato de ele presidir a CPI.

A CPI das Privatizações investiga a venda de estatais no Rio a partir de
1995, após a criação do Programa Estadual de Desestatização, no governo Marcello Alencar (1995-1998).

Em cinco reuniões, a CPI ouviu diretores e sindicalistas das antigas estatais Flumitrens, Cerj (Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro) e Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro) e diretores de novas concessionárias, como Light e Supervia.

Segundo Haddad, a CPI "incomoda muita gente" ao apurar vendas como a do edifício-garagem da Coderte (Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais), cujos documentos desapareceram. "Essa manobra política é uma prova de que estamos incomodando", disse.

Presidente da comissão, o deputado Paulo Albernaz (PSB), ligado a Garotinho, afirma que votará pela substituição de Haddad. Ele classifica de "técnica" a troca de presidente e não esconde o descontentamento com a CPI.

"É justo que Albano Reis seja considerado o autor do requerimento e presidente da CPI, pois havia feito o pedido seis meses antes de Haddad.
Além disso, a CPI não trabalha com motivo certo nem prazo determinado.
No meu entendimento, ela está morta desde o nascedouro", disse Albernaz.
Para Haddad, os trabalhos da CPI não deverão continuar após a substituição do presidente. Ele diz que vai à Justiça para exigir a continuidade dos trabalhos.

A assessoria do governador informou que ele estava em Campos (norte do Estado) e não falaria sobre o assunto.
 

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