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26/06/2001
-
03h35
ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Uma nova etapa do rastreamento do Banco Central sobre os R$ 169,5 milhões desviados da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo identificou depósitos de US$ 460,5 mil em contas bancárias de empresas do ex-senador Luiz Estevão (PMDB).
O BC analisa o caminho do dinheiro movimentado em 80 ordens bancárias destinadas inicialmente ao grupo Monteiro de Barros, responsável pela construção da obra superfaturada. O levantamento em curso não tem prazo para terminar.
Com os novos números, Estevão, que teve seu mandato no Senado cassado em 2000, é apontado como beneficiário de US$ 36,2 milhões em recursos desviados da obra ainda inacabada.
Investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurou irregularidades no Poder Judiciário apontou Estevão e suas empresas como destinatário de US$ 34,2 milhões.
Levantamento parcial do Banco Central acrescentou ao montante mais US$ 1,6 milhão, em operações realizadas com sete cheques do grupo Monteiro de Barros depositados em favor de empresas do ex-senador. Os US$ 460,5 mil apontados agora estão divididos em cinco cheques.
Na avaliação do Ministério Público Federal, que conduz uma ação civil pública sobre o caso em São Paulo, outros US$ 3 milhões, creditados em favor da empresa Contrec, também beneficiaram Luiz Estevão.
A Contrec recebeu depósitos de US$ 3,2 milhões do grupo Monteiro de Barros. Em seguida, por meio de um contrato de câmbio, mandou para a empresa Manaus Trading, em Miami, US$ 3 milhões. Esse dinheiro foi depositado em uma conta de Estevão no Delta Bank, batizada com o nome James Towers.
Nicolau
O dinheiro do Delta, posteriormente, deu origem a um depósito de US$ 1 milhão numa conta do banco Santander, na Suíça, identificada como Nissan, cujo titular na verdade era o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto.
Nesta semana, a Justiça Federal de São Paulo decidirá se concede ou não o pedido apresentado pelo advogado de Nicolau para que o juiz aposentado tenha direito a prisão domiciliar.
Preso desde 8 de dezembro do ano passado, Nicolau passou mal no último final de semana. Sofre de pressão alta, depressão e problemas circulatórios.
O Ministério Público Federal terá de se manifestar antes de o juiz Casem Mazloun, da 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo, apresentar sua decisão.
BC identifica novos depósitos para Estevão
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Uma nova etapa do rastreamento do Banco Central sobre os R$ 169,5 milhões desviados da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo identificou depósitos de US$ 460,5 mil em contas bancárias de empresas do ex-senador Luiz Estevão (PMDB).
O BC analisa o caminho do dinheiro movimentado em 80 ordens bancárias destinadas inicialmente ao grupo Monteiro de Barros, responsável pela construção da obra superfaturada. O levantamento em curso não tem prazo para terminar.
Com os novos números, Estevão, que teve seu mandato no Senado cassado em 2000, é apontado como beneficiário de US$ 36,2 milhões em recursos desviados da obra ainda inacabada.
Investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurou irregularidades no Poder Judiciário apontou Estevão e suas empresas como destinatário de US$ 34,2 milhões.
Levantamento parcial do Banco Central acrescentou ao montante mais US$ 1,6 milhão, em operações realizadas com sete cheques do grupo Monteiro de Barros depositados em favor de empresas do ex-senador. Os US$ 460,5 mil apontados agora estão divididos em cinco cheques.
Na avaliação do Ministério Público Federal, que conduz uma ação civil pública sobre o caso em São Paulo, outros US$ 3 milhões, creditados em favor da empresa Contrec, também beneficiaram Luiz Estevão.
A Contrec recebeu depósitos de US$ 3,2 milhões do grupo Monteiro de Barros. Em seguida, por meio de um contrato de câmbio, mandou para a empresa Manaus Trading, em Miami, US$ 3 milhões. Esse dinheiro foi depositado em uma conta de Estevão no Delta Bank, batizada com o nome James Towers.
Nicolau
O dinheiro do Delta, posteriormente, deu origem a um depósito de US$ 1 milhão numa conta do banco Santander, na Suíça, identificada como Nissan, cujo titular na verdade era o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto.
Nesta semana, a Justiça Federal de São Paulo decidirá se concede ou não o pedido apresentado pelo advogado de Nicolau para que o juiz aposentado tenha direito a prisão domiciliar.
Preso desde 8 de dezembro do ano passado, Nicolau passou mal no último final de semana. Sofre de pressão alta, depressão e problemas circulatórios.
O Ministério Público Federal terá de se manifestar antes de o juiz Casem Mazloun, da 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo, apresentar sua decisão.
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