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02/07/2001 - 19h36

Conheça a biografia de Delfim Netto, pré-candidato à Presidência

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do Banco de Dados

O deputado federal Delfim Netto, 73, tem a sua vida pública intimamente ligada com a história recente do Brasil. Na tarde do dia 13 de dezembro de 1968, durante a reunião do Conselho de Segurança Nacional, no Palácio das Laranjeiras, no Rio, Delfim Netto, como ministro da Fazenda do governo do general Costa e Silva, deu seu aval a instauração do AI-5 (Ato Institucional nº 5).

O AI-5, que durou mais de 10 anos, colocou o Congresso Nacional em recesso e permitiu que o governo cassasse políticos, interviesse nos Estados e aposentasse funcionários públicos.

Antonio Delfim Netto nasceu em 1º de maio de 1928, em São Paulo, filho de José e Maria Delfim.
Formado em economia pela USP (Universidade de São Paulo), em 1951, Delfim tornou-se professor da USP sete anos depois, cargo que ocupa até hoje.

Em 1965, ingressou no Consplan (Conselho Consultivo de Planejamento), órgão de assessoria do governo Castello Branco chefiado pelos ministros Roberto Campos (Planejamento) e Otávio Gouveia da Bulhões (Fazenda).

No ano seguinte, após a cassação do governador paulista Adhemar de Barros, Delfim foi nomeado, por indicação de Roberto Campos, secretário estadual da Fazenda do novo governo de Laudo Natel.
Em 1967, Delfim foi nomeado ministro da Fazenda após a posse do general Costa e Silva na Presidência e permaneceu no cargo até 1974, ao fim do governo de Emílio Médici.

Foi durante esta passagem pelo governo federal que Delfim participou da mencionada reunião que aprovou o AI-5. Foi esta também a época do "milagre brasileiro", período em que as taxas de crescimento da economia brasileira eram as mais altas do mundo.

Um ano depois de deixar o ministério, Delfim foi nomeado embaixador do Brasil na França. Retornou ao Brasil em 1978 e passou a articular forças para ter seu nome indicado pela Arena (partido governista) para o governo do Estado de São Paulo.

Derrotado em suas intenções (Paulo Maluf seria o nome indicado pela Arena paulista), foi nomeado, em março de 1979, ministro da Agricultura do governo João Figueiredo.

Não ficou muito tempo no cargo e, em agosto do mesmo ano, Delfim assumiria o Ministério do Planejamento em substituição ao demissionário ministro Mário Henrique Simonsen.

Sua gestão no ministério foi marcada pela contenção de gastos públicos e a elevação das taxas de juros. Em 1985, deixou o ministério com o fim do governo militar.

Filiado ao PDS desde 1980, Delfim Netto foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1987 e reeleito em 1991, ainda pelo PDS. Em 1995, já pelo PPR (sigla resultante da fusão entre PDS e PDC), foi novamente reeleito e, em 1990, foi conduzido a seu quarto mandato na Câmara dos Deputados já pelo PPB, partido surgido da união de PPR e PP.

Antonio Delfim Netto escreveu, entre outros, "Crônica do Debate Interditado" (Topbooks, 1998), "Conversas com Economistas Brasileiros" (Editora 34, 1996) e "Moscou, Freiburg e Brasília" (Topbooks, 1990).

  • PPB lança candidatura de Delfim Netto à presidência na 2ª

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