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04/07/2001 - 03h07

Garotinho defende assistencialismo e diz não temer rótulo de "populista"

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ANTONIO CARLOS DE FARIA
da Folha de S.Paulo, no Rio

O governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), pré-candidato à Presidência da República, defendeu ontem políticas assistencialistas e disse que vai continuar executando-as, mesmo que seja chamado de populista.

"Se matar a fome do povo é populismo, vou continuar sendo populista até que haja uma solução para o problema" discursou o governador, durante cerimônia de inauguração de uma fábrica de sopas enlatadas -Sopa da Cidadania-, que serão distribuídas para instituições que abrigam pessoas carentes.

O discurso de Garotinho foi precedido pelo de sua mulher e secretária de Ação Social, Rosangela Matheus de Oliveira, a Rosinha. Rosinha disse que o assistencialismo é necessário porque falta ao país uma política de crescimento e distribuição de renda. "O povo não quer projetos sociais, ele quer trabalhar e se sustentar por seu próprio esforço".

A Sopa da Cidadania é um programa que deve atingir 77.786 pessoas por mês, ao custo de R$ 199 mil. O projeto faz parte dos programas de "segurança alimentar" do Estado, que ainda incluem o Cheque-Cidadão (bônus trocados por comida em supermercados), o Restaurante Popular (que serve refeições a R$ 1) e o Cheque Morar Feliz (auxílio-alimentação para mutuários pobres da Caixa Econômica Federal).

Para Rosinha, os programas sociais estão "tapando buracos de um Brasil mal resolvido". Como secretária, ela exerce seu primeiro cargo público, mas há um abaixo-assinado de prefeitos do interior do Rio pedindo que se candidate à sucessão do marido.

Embora a primeira-dama negue qualquer desejo de concorrer, Garotinho estimula os rumores em torno dessa possibilidade. Questionado sobre um possível lançamento do nome de sua mulher para ser governadora, ele não deu resposta e pediu que a pergunta fosse direcionada a ela.

"A primeira coisa na minha vida é a família e eu não penso em morar em uma cidade diferente de meu marido", disse Rosinha, fazendo alusão à hipótese de Garotinho ganhar a eleição presidencial e ir para Brasília.

No cenário mais provável da última pesquisa Datafolha, Garotinho aparece com 11% das intenções de voto. Lula (PT) vem em primeiro lugar, com 35%. Ciro Gomes (PPS) tem 15% e Itamar Franco (PMDB), 12%.
 

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