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19/07/2001
-
03h54
WILLIAM FRANÇA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Criticado dentro do país por causa de sua política social, o presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu ontem um elogio de um padre que ajuda crianças infectadas pelo HIV (vírus causador da Aids) no Quênia, por seu "sentimento profundo de amor aos pobres".
"Estou impressionado com ele [FHC], com sua sensibilidade", afirmou o jesuíta Angelo D'Agostino, que recebeu do governo brasileiro um lote de medicamentos contra a Aids.
Em tempos de começar a pensar no que fazer depois de deixar a Presidência da República, em 1º de janeiro de 2003, FHC tem planos além-fronteira: ele autorizou o envio de cerca de 9.000 toneladas de donativos para as vítimas dos terremotos que atingiram o sul do Peru.
A carga é formada por 300 mil doses de vacinas e kits de farmácia popular, doados pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos, insumos médicos diversos, alimentos, roupas, colchões, barracas e outros bens.
O religioso D'Agostino, 75, que há 20 anos trabalha na África, foi até o Palácio do Planalto agradecer a Fernando Henrique Cardoso a doação de 2.000 doses de AZT (remédio que integra o coquetel anti-Aids), que atenderá a 275 crianças de sua comunidade, em Nairóbi.
"De fato, não há país no mundo com esse espírito de solidariedade que tem o Brasil", afirmou D'Agostino, que esteve no Brasil para conhecer a Fiocruz (que produz o AZT) e o Ministério da Saúde. O ministro José Serra o encaminhou para uma audiência extra-agenda com FHC, que depois mandou apresentá-lo aos jornalistas.
O jesuíta ouviu de FHC que ele fará empenho para que o Brasil possa exportar know-how na fabricação de remédios contra o HIV: "Os laboratórios não gostam de mim, e não sei como eles não se sensibilizam. Há 21 milhões de pessoas infectadas com o HIV na África - só para comparar, Hittler matou 7 milhões de pessoas", disse D'Agostino.
No caso dos donativos para o Peru, eles foram transportados por avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que decolou da Base Aérea de Guarulhos na manhã de ontem, com destino a Lima. A remessa dos donativos é resultado da ação governamental e, entre os demais doadores, figuram organismos governamentais do Estado de São Paulo e as empresas Nestlé, Merck, Odebrecht e Becton Dickinson.
Leia mais:
Mulher dribla segurança e dá bilhete a presidente
Jesuíta na África enaltece FHC por doação de remédios
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"Estou impressionado com ele [FHC], com sua sensibilidade", afirmou o jesuíta Angelo D'Agostino, que recebeu do governo brasileiro um lote de medicamentos contra a Aids.
Em tempos de começar a pensar no que fazer depois de deixar a Presidência da República, em 1º de janeiro de 2003, FHC tem planos além-fronteira: ele autorizou o envio de cerca de 9.000 toneladas de donativos para as vítimas dos terremotos que atingiram o sul do Peru.
A carga é formada por 300 mil doses de vacinas e kits de farmácia popular, doados pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos, insumos médicos diversos, alimentos, roupas, colchões, barracas e outros bens.
O religioso D'Agostino, 75, que há 20 anos trabalha na África, foi até o Palácio do Planalto agradecer a Fernando Henrique Cardoso a doação de 2.000 doses de AZT (remédio que integra o coquetel anti-Aids), que atenderá a 275 crianças de sua comunidade, em Nairóbi.
"De fato, não há país no mundo com esse espírito de solidariedade que tem o Brasil", afirmou D'Agostino, que esteve no Brasil para conhecer a Fiocruz (que produz o AZT) e o Ministério da Saúde. O ministro José Serra o encaminhou para uma audiência extra-agenda com FHC, que depois mandou apresentá-lo aos jornalistas.
O jesuíta ouviu de FHC que ele fará empenho para que o Brasil possa exportar know-how na fabricação de remédios contra o HIV: "Os laboratórios não gostam de mim, e não sei como eles não se sensibilizam. Há 21 milhões de pessoas infectadas com o HIV na África - só para comparar, Hittler matou 7 milhões de pessoas", disse D'Agostino.
No caso dos donativos para o Peru, eles foram transportados por avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que decolou da Base Aérea de Guarulhos na manhã de ontem, com destino a Lima. A remessa dos donativos é resultado da ação governamental e, entre os demais doadores, figuram organismos governamentais do Estado de São Paulo e as empresas Nestlé, Merck, Odebrecht e Becton Dickinson.
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