Publicidade
Publicidade
20/07/2001
-
03h44
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), acusou ontem o Banco Central de divulgar declarações mentirosas sobre o caso Banpará. O BC rebateu com nota que insinua que o senador distorceu um documento oficial para tentar se eximir de envolvimento no escândalo.
A troca de acusações marca uma nova postura do BC sobre o caso. A instituição vinha mantendo silêncio, alegando sigilo bancário, numa postura que chegou a ser confundida com uma manobra para proteger o senador. Anteontem, o BC divulgou nota que coloca em xeque o principal argumento de defesa de Jader: o de que ele estaria sendo acusado em um relatório cujo teor desconhecia.
Na sua nota, o BC diz que Jader conhece as investigações, pois recebeu em março um resumo do que havia sobre ele em relatório do auditor Abrahão Patruni Júnior sobre o desvio de recursos do Banpará. Ontem, Jader divulgou declaração em que diz ser "mentirosa a nota do BC na qual [a instituição] diz ter encaminhado ao senador Jader Barbalho a cópia do relatório do inspetor Patruni".
Na verdade, o BC não havia dito que encaminhara cópia do relatório a Jader, mas apenas um resumo. "O relatório completo, solicitado pelo senador, não foi remetido porque implicava quebra do sigilo bancário de outras pessoas citadas no processo".
Na declaração distribuída ontem, Jader extraiu um trecho do trabalho-resumo do BC que, segundo ele, exclui sua participação no desvio. O BC rebateu a nota do senador, sustentando que ele pinçou trechos do documento, omitindo parte comprometedora.
Jader reproduziu o seguinte trecho do trabalho-resumo do BC: "Não se pode afirmar categoricamente para quem se destinavam os valores sacados do Banpará pelos cheques administrativos objetos dos processo sob exame".
O BC diz que o senador omitiu trecho que afirma que, no caso do cheque 84/110, é possível identificar o beneficiário dos recursos desviados. A instituição não informa na nota se o beneficiário seria Jader. O BC também afirma que no resumo há informações suficientes para determinar o grau de participação de Jader no caso. "Somente a leitura da íntegra do trabalho-resumo encaminhado ao senador e ao Ministério Público do Pará permite uma visão correta dos termos em que o senador é citado nos relatórios do BC", afirma a nota.
Senador afirma que nota do BC "é mentirosa"
Publicidade
O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), acusou ontem o Banco Central de divulgar declarações mentirosas sobre o caso Banpará. O BC rebateu com nota que insinua que o senador distorceu um documento oficial para tentar se eximir de envolvimento no escândalo.
A troca de acusações marca uma nova postura do BC sobre o caso. A instituição vinha mantendo silêncio, alegando sigilo bancário, numa postura que chegou a ser confundida com uma manobra para proteger o senador. Anteontem, o BC divulgou nota que coloca em xeque o principal argumento de defesa de Jader: o de que ele estaria sendo acusado em um relatório cujo teor desconhecia.
Na sua nota, o BC diz que Jader conhece as investigações, pois recebeu em março um resumo do que havia sobre ele em relatório do auditor Abrahão Patruni Júnior sobre o desvio de recursos do Banpará. Ontem, Jader divulgou declaração em que diz ser "mentirosa a nota do BC na qual [a instituição] diz ter encaminhado ao senador Jader Barbalho a cópia do relatório do inspetor Patruni".
Na verdade, o BC não havia dito que encaminhara cópia do relatório a Jader, mas apenas um resumo. "O relatório completo, solicitado pelo senador, não foi remetido porque implicava quebra do sigilo bancário de outras pessoas citadas no processo".
Na declaração distribuída ontem, Jader extraiu um trecho do trabalho-resumo do BC que, segundo ele, exclui sua participação no desvio. O BC rebateu a nota do senador, sustentando que ele pinçou trechos do documento, omitindo parte comprometedora.
Jader reproduziu o seguinte trecho do trabalho-resumo do BC: "Não se pode afirmar categoricamente para quem se destinavam os valores sacados do Banpará pelos cheques administrativos objetos dos processo sob exame".
O BC diz que o senador omitiu trecho que afirma que, no caso do cheque 84/110, é possível identificar o beneficiário dos recursos desviados. A instituição não informa na nota se o beneficiário seria Jader. O BC também afirma que no resumo há informações suficientes para determinar o grau de participação de Jader no caso. "Somente a leitura da íntegra do trabalho-resumo encaminhado ao senador e ao Ministério Público do Pará permite uma visão correta dos termos em que o senador é citado nos relatórios do BC", afirma a nota.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice