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21/07/2001
-
02h59
ROBERTO COSSO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Partidos de oposição fizeram um acordo com o PMDB e com o PSDB antes do pedido de Jader Barbalho (PMDB-PA) de afastamento da presidência do Senado. A afirmação é do senador Paulo Hartung, líder do PPS no Senado.
De acordo com Hartung, a oposição se comprometeu a não contestar o pedido de afastamento, que não está previsto pelo Regimento Interno da Casa. Em troca, os dois partidos assumiram o compromisso de votar a favor da concessão de licença para o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir processos contra Jader.
Como a oposição já havia obtido apoio do PFL em relação à licença para que Jader seja processado, um eventual pedido do STF será aprovado por unanimidade. "O Senado dará autorização imediatamente e por unanimidade", disse Pedro Simon (PMDB-RS).
O presidente interino do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), já avisou que tratará com agilidade o pedido do STF. "No momento em que receber qualquer documento do STF, no mesmo instante, convocaremos todas as instâncias para decidir", disse.
As negociações foram feitas pelo senador do PPS e pela senadora Heloísa Helena (PT-AL) em nome da oposição. Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Sérgio Machado (PSDB-CE) negociaram pela bancada governista.
Ontem, Hartung tomou café da manhã na casa de Machado.
O pedido de afastamento de Jader estava acertado desde anteontem, mas ele mudou de idéia várias vezes ao longo da noite e da madrugada. O telefone da casa de Hartung tocou de madrugada para que fossem esclarecidos alguns detalhes do acordo, mas ele não acordou. Pela manhã, o pedido de afastamento estava assinado.
"Ele [Jader] virou um soldado raso, perdeu o poder de obstruir qualquer tipo de investigação, interna ou externa", disse Hartung.
O acordo para que o pedido de afastamento de Jader não seja contestado não agradou ao líder do PT na Câmara, deputado Walter Pinheiro.
Ele afirma que o Regimento Interno do Senado não prevê a possibilidade de o presidente da Casa se afastar do cargo sem se afastar de seu mandato. Para ele, a carta de Jader deveria ser interpretada como renúncia à presidência do Senado. "O pedido de afastamento de Jader deverá ser contestado".
A convocação de uma reunião do colégio de líderes na quarta, feita pelo presidente interino do Senado desagradou aos congressistas de oposição.
Oposição faz acordo sobre afastamento de Jader
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Partidos de oposição fizeram um acordo com o PMDB e com o PSDB antes do pedido de Jader Barbalho (PMDB-PA) de afastamento da presidência do Senado. A afirmação é do senador Paulo Hartung, líder do PPS no Senado.
De acordo com Hartung, a oposição se comprometeu a não contestar o pedido de afastamento, que não está previsto pelo Regimento Interno da Casa. Em troca, os dois partidos assumiram o compromisso de votar a favor da concessão de licença para o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir processos contra Jader.
Como a oposição já havia obtido apoio do PFL em relação à licença para que Jader seja processado, um eventual pedido do STF será aprovado por unanimidade. "O Senado dará autorização imediatamente e por unanimidade", disse Pedro Simon (PMDB-RS).
O presidente interino do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), já avisou que tratará com agilidade o pedido do STF. "No momento em que receber qualquer documento do STF, no mesmo instante, convocaremos todas as instâncias para decidir", disse.
As negociações foram feitas pelo senador do PPS e pela senadora Heloísa Helena (PT-AL) em nome da oposição. Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Sérgio Machado (PSDB-CE) negociaram pela bancada governista.
Ontem, Hartung tomou café da manhã na casa de Machado.
O pedido de afastamento de Jader estava acertado desde anteontem, mas ele mudou de idéia várias vezes ao longo da noite e da madrugada. O telefone da casa de Hartung tocou de madrugada para que fossem esclarecidos alguns detalhes do acordo, mas ele não acordou. Pela manhã, o pedido de afastamento estava assinado.
"Ele [Jader] virou um soldado raso, perdeu o poder de obstruir qualquer tipo de investigação, interna ou externa", disse Hartung.
O acordo para que o pedido de afastamento de Jader não seja contestado não agradou ao líder do PT na Câmara, deputado Walter Pinheiro.
Ele afirma que o Regimento Interno do Senado não prevê a possibilidade de o presidente da Casa se afastar do cargo sem se afastar de seu mandato. Para ele, a carta de Jader deveria ser interpretada como renúncia à presidência do Senado. "O pedido de afastamento de Jader deverá ser contestado".
A convocação de uma reunião do colégio de líderes na quarta, feita pelo presidente interino do Senado desagradou aos congressistas de oposição.
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